quinta-feira, 30 de abril de 2009

Bebés

Com parte do dinheiro que ganhou em presentes de Natal, a minha cria mais nova já tinha decidido comprar uns ténis, que namoriscava há já alguns meses. E lá fui eu com ela a uma casa de desporto experimentá-los. Após várias experimentadelas, quer trocando a cor, quer variando o modelo, escolheu uns. Amou-os tanto que, algum tempo depois, visitávamos a pousada de Alcácer do Sal e, como a área circundante estava ligeiramente enlameada, ouço os seus gritinhos assustados:
- Ai, não, mãe! Não vou por aí! Tanta lama! Olha os meus “bebés”!...

domingo, 26 de abril de 2009

Citação

"Dizem sempre que o tempo muda as coisas, mas na realidade somos nós próprios que temos de as mudar." - Andy Warhol

Ah...

Bernardo Sasseti, no seu melhor humor, presenteou-nos, ontem, com uma interpretação inesquecível, no concerto do Pequeno Auditório do CCB. E o que dizer do Europa String Quartet? Ah! Quase chorei com a sua interpretação do Quarteto de Cordas n.º 8 Op. 110 de Dmitri Schostakovich! Ah, outra vez…

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Avarias...

Devo ter o meu instinto avariado. Geralmente, confio neste sexto sentido e as minhas premonições ou impressões estão correctas. Ultimamente, houve uma situação na minha vida, sobre a qual eu criei muitas expectativas, que não correu como eu pressenti que se iria passar. Assim, conclui que o meu instinto avariou ou, então, perdeu o prazo de validade. Tenho de começar a ver as televendas para saber se há alguns no mercado.

Rebeldia

Amanhã, Dias da Música, no CCB, com a cria mais nova e as duas amigas do costume.
O meu dever de autarca era comparecer na Sessão Solene comemorativa do 25 de Abril, mas eu sou uma “gaja” rebelde e vou passar o sábado a deliciar-me com Bach, Monk, Mozart e Schostakovich!

Citação

"A gente pode sentir-se só, mesmo no meio de muita gente amiga, se souber que não ocupa um lugar especial no coração de alguém..." - Anne Frank

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Notícias - 2

Como, desde segunda-feira, se comemora, na minha escola, a Semana da Leitura e amanhã se evoca o centenário do terramoto que assolou a sede de concelho, tenho “andado numa fona” e estou a ficar cansadita… E ainda agora começaram as aulas… Senhoras com um significativo grau de antiguidade não deviam trabalhar tanto!
Hoje, faz anos o meu amigo C. F., a quem eu mando um grande beijinho e a quem tenciono cravar um café a breve trecho. Boa, miúdo?
Também, ontem, a minha cria mais velha fez exame de condução e ficou aprovada, pelo que também merece uma beijoca e um abraço cheio de orgulho. Não há valas que lhe resistam, agora que já condutora encartada…

domingo, 19 de abril de 2009

Atender, ou não, eis a questão!

O meu primo F. assustou-se quando ouviu tocar o telemóvel à 1.45 da manhã. Sentou-se na cama, estremunhado e verificou que era a sua amiga M.
- Olha, é a M! Pois… Deve ser a amiga dela que está em apuros.
Entretanto, o telemóvel tinha parado de tocar e ele continuava a olhar para ele e a pensar no que poderia ter acontecido. Tocou de novo.
- É a M. Tenho de me levantar. Pois… É melhor. Vou vestir as calças. Foi a outra que se meteu em trabalhos! Foi raptada! De certeza que foi isso! Vem sozinha a esta hora e foi raptada! Que coisa!
O telefone parou de tocar e o F. continuava à procura da roupa e a congeminar no que se teria passado. Voltou a ouvir-se o toque, insistente e aflito.
- Está a tocar outra vez! É M.! Pois, foi a outra, de certeza! Vou vestir-me e vou pegar no carro. Não sei bem aonde vá, mas é melhor ir à procura dela! Onde raio pus eu as calças? Olha, parou! Mas é melhor ir ver o que se passa. Levo o carro e vou ver o que se passa… Se eu procurar por aí, talvez a encontre… E as calças? Onde estão? Que chatice! Olha! Está a tocar outra vez! Vou atender! Pois… É melhor atender! ‘Tou! Sim, M. diz lá!
E a M., com voz sumida e comprometida pela hora tardia, replicou:
- Olha, F., desculpa estar a maçar-te a esta hora, mas esqueci-me da chave da porta da entrada do prédio. Podes abrir-ma, por favor?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Citação

“- Não é que seja infeliz. Eu não sou é feliz.
E explica: a ausência dupla de felicidade e infelicidade é ainda mais penosa que o sofrimento.” – Mia Couto

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Carregadores




São estes os meus carregadores de baterias: a lindíssima terra onde nasci e a minha praia preferida. Quando lá estou, o céu pode esperar. Tenho imensa sorte por ter nascido num lugar assim e ter passado as férias da minha juventude numa costa tão assombrosamente acolhedora! Estive em ambos os locais a semana passada. Tenho carga para uns tempos!

terça-feira, 14 de abril de 2009

É tudo calçado

A minha tia C., quando vem a minha casa, pergunta-me sempre como se chamam os meus cães. Nunca se lembra do nome deles…
- Leia e Pantufa. – esclareço eu, pela enésima vez.
- Ah, está bem! É tão engraçado, o pequenino!
O pequenino é o Pantufa e, passado algum tempo, vejo-a assomar-se ao canil e chamar embevecida:
- Ó pequenino, anda cá! Anda cá Chinelo!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

É andaço...

Tenho de chamar as filhas tantas vezes para elas tomarem banho! E primeiro que me obedeçam?! Começa a ficar automático o “Vem tomar banho!”. Assim, um dia destes fui à escada e gritei para a mais velha o slogan do costume. Voltei para a cozinha e percebi, então, que era para a chamar para vir jantar! Fui outra vez à escada e gritei:
- Olha, vem antes jantar primeiro. A comida já está pronta!
Ufa! Ela veio e não perguntou nada, não deve ter percebido…

sábado, 11 de abril de 2009

Uf!


Fico assim, depois de visitar dois museus de seguida...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Mais duas pernas (ou não...)

- Não te admires da tua amiga L. – lamentou-se o meu primo N., quando passei a visitá-lo esta semana – Estava eu a estacionar o carro no centro comercial e a dizer-me mentalmente quer não podia esquecer-me da carteira, no porta-luvas. Saí, fechei o carro, dirigi-me à entrada e já estava à porta quando me lembrei que não tinha trazido a carteira, afinal. Voltei atrás (e se eu tinha estacionado longe, nesse dia!), abri o carro, fechei-o e já estava à entrada do centro comercial outra vez quando me apercebi que não tinha trazido a carteira, de novo! Tive de lá voltar!


Será andaço? Começo a ficar preocupada…

Duas pernas?

Dizia-me a L., no outro dia, ao telefone:
- Não, amiga, não ando nada bem. Aliás, acho que ando a ver mal. Queres saber o que me aconteceu a última vez que fui ao talho aqui da minha rua? Como ia ter visitas, decidi ir comprar um frango. Quando cheguei a casa com o bicho, fui tirá-lo de dentro do saco plástico para o arranjar. E não é que lhe faltava uma perna?! Fiquei muito zangada comigo mesma. Até o homem do talho me enganava, parecia mentira! Meti o frango dentro do saco outra vez e decidi ir desancar o senhor do talho, que me tinha vendido um frango deficiente. E lá fui eu, colocando o frango em cima do balcão e refilando imenso pela ave que ele me tinha vendido. E diz-me o homem assim: “Então, conte lá quantas pernas vê ao frango, minha senhora.” Eu olhei primeiro para ele e, depois, para o bendito do frango e não é que eram duas?! Amiga, o frango tinha as duas pernas!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Primavera

Nas minhas caminhadas diárias, passo por um caramanchão onde mora a Primavera. O jardim onde ele se situa nem é nada bonito e é muito próximo do pior bairro do burgo; tem um parque infantil, um quiosque que vende bebidas, algumas árvores frondosas, com umas mesas debaixo, onde idosos jogam às cartas com o empenho de uma missão, como é típico de desocupados, e pouco mais. No entanto, o camaranchão rejubila de flores e verdura. São boninas de muitas cores, cachos brancos e lilases, que tombam na ânsia de mais colorir… Decididamente, se a Primavera não deixou por ali ficar um pedaço de si, foi algum pintor distraído que lá se esqueceu da paleta.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Inesperado



Fui a um local que é, no mínimo, inesperado. É o Buddha Eden e nada faria prever que, no meio de vinhedos nasceria um jardim que alia o kitsch ao harmonioso e ao selvagem de uma forma tão intensa. Deambula-se por alamedas de verdura e azinheiras, ouvem-se as aves a chilrear e os répteis a esconderem-se e, de repente, surge uma estatueta, imensa ou não, agradável ou desengraçada, mas não faz mal. Sentimo-nos efectivamente bem, naquele sítio. Também os guerreiros de terracota, coloridos ou monocromáticos, todos em fila, de várias alturas dão-nos vontade de captar todas as suas expressões, tirar fotografias a imitá-los ou a rondar o artístico… Gostei. Acho que vou voltar brevemente.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Esforço

Pensar exige algum esforço; tentar que esse pensamento seja compreensível e coerente é ainda mais difícil; transformá-lo nas melhores palavras tem sido uma tarefa tão árdua para mim, nestes últimos tempos, que nem tenho tentado…
Que exaurida que estava, no final deste período lectivo! Tem sido um ano particularmente intenso, profissionalmente! Depois, também já não tenho vinte anos… Nem trinta… Nem quarenta! Certo, certo, paro por aqui, mas isso é bom?!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Citação

“É impossível não acabar sendo como os outros julgam que somos.” - Júlio César