quinta-feira, 31 de março de 2011

Um beijo

A minha linda filha mais velha está a ficar velha! Já 22 anos... Ainda me parece que foi ontem que me olhava com os seus olhos azuis inquietos e os seus caracóis dourados, sempre ciumenta da irmã e querendo só para ela um amor que é das duas, embora infinito.
Hoje, estou muito orgulhosa dela e desejo fervorosamente que retire dos dias a felicidade possível.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Não entendo

Lamento que os senhores deputados da Assembleia da Républica do meu país tenham acordado para a vida só agora. Então é no final do processo que se vai suspender este modelo de avaliação de professores? E quem já tem o proceso concluído? A oposição não poderia ter tido esta ideia de "ajuntamento" para não aprovar a avaliação de professores aquando da sua publicação?

sábado, 26 de março de 2011

Parabéns caganita!

A minha caganita faz hoje 17 anos. Foi um dia um bocado chocho porque o meu pai está hospitalizado e ela é muito ligada ao avô. Agora, está num jantar comemorativo com os amiguitos e espero que ela se anime um pouco. Também me sinto um bocadinho culpada por não lhe ter proporcionado um dia mais alegre e feliz, mas a ansiedade de o saber no hospital, as maleitas mais ou menos graves da minha mãe e o excesso de trabalho que todas estas situações excepcionais proporcionam não convidam à boa disposição e à alegria. E fico triste porque conheço as preocupações das minhas filhas e sinto-me impotente para aliviar o seu (nosso) sofrimento. Enfim, melhores dias virão e não posso deixar de parabenizar a minha cria mais nova, uma das pessoas mais importantes da minha vida.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Solidão colorida

Há uma papoila solitária no portão de minha casa. Tenho de lhe tirar uma foto antes que faleça.

Dia do Pai

As minhas filhas ofereceram-me um presente comemorativo do Dia do Pai. Mais do que do anel lindíssimo que me deram, gostei das palavras do postal "Para a nossa querida mãe um feliz Dia do Pai porque tu mereces e vales por dois! Muitos beijinhos".
(Foi pena a briga de hoje com a mais velha, mas faz parte da coisa. Acho eu.)

Dia Mundial da Poesia

Hoje, conheci pessoalmente um poeta e conheci parte da sua alma. Chama-se José Luís Cordeiro e publicou o seu primeiro livro, Transparências da Alma. E um dos seus poemas é assim:

"Árvore que sou"

Há-de vir um dia em que o tempo
Se desviará do meu caminho
Ficará sentado no passeio da minha rua
Olhando as estrelas do céu
E eu serei sua companhia
Beberei toda a energia que ele me der
Recuperarei abraços se ele assim quiser
E fumarei a noite até ser dia

Nesse dia
Quando o tempo se desviar do meu caminho
Conseguirei acalmar a brisa com o pensamento
Enrolarei os meus braços em redor do vento
E serei capaz de ser eu outra vez

Nesse dia
Ao ver o tempo sentar-se no passeio da minha rua
Desenharei a sua sombra
E iluminarei a sua presença na minha mão
Não haverá mais demoras
Nem reservas para a dança das horas
Porque será o dia da libertação
Libertarei os fantasmas que me atormentam
Olharei as árvores a partir do cimo
Trocarei as letras da palavra «futuro»

Nesse dia
Olharei também, com o tempo, as janelas do céu
E traçarei o caminho que é só meu
Conseguirei destruir os laços que fui dando
Desviar-me-ei das rotas que fui criando
E serei capaz de ouvir a minha própria voz

Nesse dia
Ao fumar o tempo que é magia
Descobrirei as noites envoltas em alegria
E irei contar lendas de princesas felizes
Olharei a árvore que sou
Tocarei as minhas próprias ramificações
Serei o total das minhas recônditas emoções
E renascerei a partir das minhas raízes.


Feliz Dia da Poesia!


sexta-feira, 18 de março de 2011

Aluados

Parece que a lua está mais roliça e brilhante. Tenho de ir confirmar. Deve ser por isso que os alunos da minha escola andavam hoje com as "feromongas" todas aos pulos. Pois. É da lua.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Felicidade

Estou sentada no sofá da sala e o sol entra-me pela janela, brinca nos móveis, ilumina as fotos dos entes queridos, trepa pelas paredes. E faz-me sentir tão bem!
Lembra-me aquela canção da Simone: "Felicidade é uma cidade pequenina, é uma casinha, é uma colina..."

Citação

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Por muito tempo achei que a ausência é falta

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 12 de março de 2011

Impressionante

Uma palavra de solidariedade para com o povo nipónico que, desta vez, não foi arrasado pela bomba atómica, mas sim pela Natureza, que pode ser mais mortal e cruel que qualquer arma.

Chega!

Hoje só fui às manifestações com o coração. Ambas foram importantes para mim: sou professora e vejo tanta, mas tanta coisa mal na educação deste país; sou mãe de 2 filhas e estou ansiosa pelo seu futuro profissional (já para não falar dos amigos e familiares que estão em situação precária no emprego ou desempregados...). Não há palavras para descrever o cinismo do 1.º ministro e a desorientação de todo o executivo, que bajula Bruxelas e Angela Merkl mais do que seria razoável. Começa a ser demais! Ou de menos, se falarmos de dinheiro. Sobra-me muito mês no final do ordenado!

terça-feira, 8 de março de 2011

Ups! II

Ups! Parece que afinal há o Dia do Homem: 19 de Novembro. Quem diria? Mas é bem feito!

Porquê?

Dia da Mulher?! Porquê se não há o Dia do Homem?

segunda-feira, 7 de março de 2011

Citação

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar

Fernando Pessoa

sábado, 5 de março de 2011

Gravidez

A minha prima D. está grávida. Por isso, as nossas conversas giram à volta desse tema. Vêm-me à memória os meus tempos de gravidez, de ambas as filhas. Quando me dizem que é uma maravilha essa altura na vida de uma mulher, discordo em absoluto. Dessas alturas, recordo os enjoos (nocturnos da mais velha, matinais da mais nova), o sono constante pelas necessárias tomas de "Nausefe", as costelas doridas, dormentes mesmo, pelos encontrões que levavam, as pernas inchadas... Enfim, quando a mais velha nasceu e eu me levantei da cama pela primeira vez, quase chorei de alegria por conseguir ver de novo os meus pés!
Nah! Estar grávida, definitivamente, não é o meu estado de graça!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Outros Carnavais

Era eu adolescente e a graça que achava ao Carnaval resumia-se aos bailes e ao facto de nos mascararmos de forma a ficarmos irreconhecíveis, indo bater à porta dos amigos para os assustar e molhar com as bisnasgas. Detestava, por exemplo, as enfarinhadelas e os ovos esborrachados no alto da cabeça, pese embora o facto de ser bastante nutritivo para o coro cabeludo. Uma ocasião, o J. correu toda a tarde atrás de mim para me enfarinhar e consegui sempre escapar-lhe, terminando por apanhar o autocarro. Pois aquela anta vislumbrou-me sentadinha no autocarro, subiu, fingindo que ia apanhá-lo e enfarinhou-me, perante o passageiro do lado que, boquiaberto, apenas se preocupou em sacudir a farinha que lhe tinha caído na roupa! Era assim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Citação

Espreitava em seus olhos uma lágrima,
e em meus lábios uma frase a perdoar;
falou o orgulho, o seu pranto secou,
senti nos lábios essa frase expirar.
Eu vou por um caminho, ela por outro;
mas, ao pensar no amor que nos prendeu,
digo ainda: porque me calei aquele dia?
E ela dirá: porque não chorei eu?

Paralelo?!

E dizia um amigo meu recém-divorciado:
- Meninas, estou no mercado!
Replicou outro, casadíssimo:
- E eu estou no mercado paralelo!

É demais!

Ontem, completamente exaurida, cheguei a meu lar e, em vez de me refastelar no meu sofá "adormecitivo", visto que nem forças tinha para jantar, estive de roda dos tachos a preparar o almoço de hoje da filha estagiária e o farnel da filha que foi em visita de estudo. Depois de tudo pronto, já com a mesa posta e o jantar expectante, fui às escadas e gritei para a prole: "As patroas podem vir jantar que a criada já tem tudo pronto!" Apre! Onde é que está escrito que tenho de ser eu a fazer tudo cá em casa, com duas filhas imensas?

Podia ser paralelo, ou horizontal, ou vertical...

Afinal, entendi o que é o complemento oblíquo. E até faz sentido arranjar uma denominação para ele. Podia era não ser tão arrevesada.

terça-feira, 1 de março de 2011

Oblíquo?

Amanhã, vou ter outra sessão de formação dos novos programas de Português. Talvez vá entender qual a função de um complemento oblíquo. Irei?