De volta ao trabalho, amanhã. E, agora, já com a maior parte dos colegas colocada. Tivemos algumas boas notícias e alguns dos caríssimos continuam connosco. Outros não e fica a saudade. Novos virão e é mais uma etapa que começa e para a qual vamos dar o nosso melhor.
domingo, 30 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Idade
A propósito de idade, se tudo correr como a previsão daquele senhor que lá foi vender livros à escola há uns anos e que lia a sina, devo ter atingido metade da minha existência. Sim, ele disse que eu iria morrer velhinha, velhinha, daquelas velhinhas que até fazem xixi na cama! Que querido! Fiquei logo muito mais tranquila: já sei que ainda falta muito tempo para a minha morte e também fiquei a saber que me vou urinar na cama! Bem feita para a minhas filhas a quem eu mudei centenas de fraldas e vão entrar ao serviço!
Coisitas
Não, estas férias não correram como planeei. Já aconteceram umas coisitas; já fiz anos (muitos, por sinal; agora já nunca mais faço, está decidido!), já estive na minha praia favorita a tomar muitas banhocas e a fazer muitas caminhadas, já visitei alguns amigos e, nesta última semana, descansei bastante: fiquei de cama com uma inflamação descomunal na cervical! Só pode ser dos muitos anos feitos! A antiguidade atacou-me também o esqueleto! Sim, porque já me tinha atacado algumas partes moles. E deixado alguns sulcos na cutiz. E sarapintado de branco os meus cabelos... Socorro!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Burocracia
A minha filha mais nova, no próximo ano lectivo, vai para uma nova escola. Não há escolas secundárias aqui no burgo, que foi, recentemente, elevado à categoria de cidade. Mas não é sobre isso que quero falar; talvez mais tarde (lá para as onze meia, ou assim...). Como estava a dizer, a minha cria e eu, depois de muita ponderação, lá acordámos (com o meu voto a valer por 3, visto que sou eu a mãe, pago as contas e sei mais coisas, vá!) sobre a escola para onde ela irá. Como não é na sede de concelho (ai a província, a província...), vai ser o estado a comparticipar o seu passe do autocarro. Por portas e travessas lá soube o que era preciso: um atestado de residência (passado pela Junta de Freguesia) e uma declaração da Câmara, atestando que não comparticipava nadinha do passe da cachopa. Também me falaram de um documento que comprovasse a matrícula e, quando fiu à escola dela, pedi logo o belo do certificado. E lá fomos nós, à Rodoviária, dizer ao senhor do guichet o que pretendíamos. Então, ele entrega-nos um formulário para preencher com os dados da moça e outro papel para a escola preencher, a comprovar a matrícula. Perguntei se não servia o que já tinha e que, por sinal, até era um documento oficial da escola, que atestava, de antemão, aquilo que era solicitado pelo outro e que até nem estava preenchido. Que não. Não?! Não, ele até podia receber os papéis, uma vez que já tinha os outros todos (eu já lhos tinha enfiado debaixo do nariz e abanáva-os de um lado para o outro, a ver se conseguia hipnotizá-lo; se tivesse conseguido, deixava lá tudo e fugia...), mas, de certeza, viriam todos para trás! Como tudo no nosso país, se não for o papelzinho pretendido, da cor solicitada e for outro que sirva para o mesmo, vem para trás! Ia-me dando um fanico! Ralhei tanto! E quando disse que iria fazer uma reclamação, diz-me o tal senhor incrédulo: "Ai, sim? E contra quem? A Rodoviária não tem culpa! Só se for contra o Ministério da Educação!". Olhei para ele e, de repente, percebi que não adiantava, não servia de nada estar a barafustar com um homenzinho que não entendia que podia não se estar satisfeito com uma situação absurda destas, nem percebia a inutilidade do papelzinho que me ia obrigar a levar à escola para ser preenchido.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Planos
Estou já a decidir qual vai ser o peixinho grelhado que vou degustar, na próxima semana, à beira-mar. A minha indecisão tem a ver com o facto de eu gostar de muitos e muito de peixe. E já me estou a ver a espremer o limãozinho, a separar cada lasca e a saborear aquele gostinho a mar (tanto diminutivo, senhores!), olhando para o oceano! Upa, upa! Isso é que vai ser! Não compreendo é porque é que, nas esplanadas junto ao mar, tudo é muito mais caro... Será que, por causa da maresia, os produtos têm de levar um ingrediente especial, bastante dispendioso? Pois. Deve ser.
Festa
A terra onde vivo está em festa. Não lhe chamei "a minha terra" porque, efectivamente, não o é. Que me perdoe aqui o burgo, mas a minha terra é muito mais bonita! Esta recebeu-me muito bem, tem boa gente, mas costumes muito diferentes do meu Alentejo. É muito touro, muito cavalo... A festa gira à volta das largadas de toiros, das tentas, das vacadas, das touradas, das exibições de campinos, que toda a gente adora e pelas quais esperam, ansiosamente, ao longo do ano! Eu não lhes acho muita graça... Se calhar, não a procurei no sítio certo. A graça, bem entendido.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
"Morre lentamente quem não viaja"
«Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»
Pablo Neruda
Cores
Conheço gente que não veste preto. Realmente, não consigo imaginar uma característica tão peremptória no meu carácter. Até porque o preto é uma das minhas cores de eleição para o vestuário (vai-se a ver é porque pareço mais magra...). Geralmente, visto todas as cores. Há alturas em que me apetece estar mais colorida e há outras em que me sinto mais sóbria (ou será sombria?) e uso cores mais escuras. É tudo uma questão de ocasião e/ou de estado de alma!
Frescura
O tempo está fresco. Quem está de férias e não está no Algarve (às vezes fico a pensar se, com tanta gente lá em baixo, o país não começa a pender com o peso de tanta criatura!), não há-de ficar muito contente; mas quem, como eu, está a trabalhar, é muito agradável não ter de enfrentar a canícula!
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