Quando, no ano letivo transato, assumi uma turma de uma colega que estava de licença de maternidade, depois de ter deixado a direção da minha escola, aconteceu um episódio que, me parece, caracteriza os nossos jovens.
Falei com a E., uma aluna que tem muitas dificuldades de aprendizagem e um elevado défice de concentração, porque ela, zangada pelo 2 que lhe atribui, virava a cara sempre que se deparava comigo. Disse-lhe, então, que a sua nota de português não era culpa minha. Como ela sabia que eu tinha atribuído as classificações em conjunto com a outra colega, retorquiu:
- Sei muito bem que a culpa não é sua, "setora". É da outra professora! - e virou-me as costas, muita dona do seu saber.
Assim vão os nossos jovens. E fico triste, muito triste.
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