domingo, 1 de maio de 2016

Dia da Mãe

Neste dia, em que é suposto glorificar a maternidade, faço-o pela metade.
Sinto, bem cá no fundo, que dei tudo enquanto mãe: sozinha, tirei das minhas entranhas o mundo possível para dar às minhas filhas. Consegui-o, mas só pela metade.
Tenho o amor infinito de uma filha e o desapego doloroso da outra. Se apenas tivesse uma, a que me faz sofrer, acharia que que tinha fracassado redondamente, enquanto mãe. Mas, depois, olho para a outra, um ser humano lindo, com valores, empreendedora, meiga e acredito que tudo o que de horrível a irmã me diz não faz sentido e que sou, efetivamente, uma MÃE.
Missão cumprida, pela metade.

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