terça-feira, 31 de março de 2020

31

Fui mãe há 31 anos.
Ah e tal, se fosse bonito, diria que, ser mãe foi sempre maravilhoso, que foi a plenitude da minha vida, que os filhos são a melhor coisa que me aconteceu...
Neste dia - estranho, intranquilo e inseguro por causa da pandemia que o mundo está a experienciar, em que faz 31 anos que fui mãe, digo que, ser mãe TAMBÉM foi maravilhoso, que TAMBÉM me ajudou a atingir a plenitude da minha vida e que os filhos são TAMBÉM a melhor coisa que me aconteceu.
Parabéns, minha linda, insegura e fantástica filha mais velha!
Hoje, o que eu mais queria no mundo era poder abraçar-te!


Não, não estive moribunda!

A vida acontece e, parvoeiramente, achei que podia viver sem escrever.
A verdade é que sub-vivi. 
Sim, admito, tenho conseguido tirar felicidade das coisas, mas também não...
Assim, depois de ter percebido, na plenitude do ser, de que tudo é "foi", li-me que preciso de escrever, também. Respiro, como, rio, zango-me e escrevo. Às vezes, tenho escrito só com o pensamento ou só com olhos; com o coração, também, mas escrevo...
Então, neste tempo difícil, intranquilo e estranho, voltei aqui, onde posso plenamente ser.