quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

O bom, bom do Natal

 

Apesar do meu "menino Jesus" privado, o bom, mas mesmo bom do Natal é que só há outro daqui por um ano...

E é isto!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Podia ter escolhido de forma diferente


 Faz hoje 35 anos que me casei. Quem é que se casa no dia a seguir ao Natal? Eu. E o meu noivo, na altura...
Não costumo contar, mas, hoje, ao fazer as contas, reparei no número redondinho e pensei, "redondamente" também, seja lá isso o que for.
Casei porque, na altura, me pareceu que aquele era o homem certo para me fazer feliz. Também casei para fazer felizes os meus pais. Desde sempre que achei que o casamento, o compromisso está na vontade de cada um e não numa convenção legal e/ou religiosa (tantos que conheço que, casados, agem da forma menos comprometida do mundo e outros que, sendo solteiros, se comprometem com o parceiro, investem e acarinham a relação!).
Assim, já me vesti de noiva, já fui de lua de mel, já tive filhas porque era casada, já comprovei que o casamento tem fim, como tudo na vida, já experienciei o divórcio, outra convenção legal... Enfim, concluo que podia, efetivamente, não ter casado e ter tidos as filhas daquele pai, na mesma, que a relação acabou, ainda assim, mesmo com o casamento e que nunca deveria ter casado para fazer felizes os meus pais, que, mais tarde, vivenciaram a morte e o luto da relação, que vários dissabores me trouxe.
Trinta e cinco anos passados, sublinho a necessidade do livre arbítrio, da escolha do nosso próprio caminho. Há 35 anos atrás, podia não ter feito os meus pais felizes, mas não teria abdicado de uma das minhas maiores convicções: somos apenas nós que decidimos se investimos ou não numa relação, seja ela qual for. 

domingo, 18 de dezembro de 2022

Coração

imagem retirada da internet

Há amores assim, grandes, instantâneos, infinitos. Há, também, outros amores, doloridos, arrastados, desabridos. Há alguns serenos e confortáveis, quentinhos.
Sendo díspares os amores e podendo estar todos num só coração, às vezes, ele, o coração, estremece, fica alvoraçado, confuso e esmorece.
Contudo, apesar de tanto dar que fazer ao seu dono, quando o coração bate enamorado,  ele aconchega quem padece.

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Setembrando com receio

 

Setembro, mês de finais e de recolhimento. 

O sol chega-se mais à terra; quer compensá-la pelas primeiras chuvas que a vão ajudar a libertar os seus aromas.

Em setembro, é quando se vão buscar os primeiros agasalhos e já não se nega um chá quente ao serão.

Setembro agradou-me sempre. É quando o meu novo ano se inicia e tudo recomeça.

Todavia, foi há 2 anos, em setembro, que a minha mãe precisou de descansar e nos deixou nesta vida, a braços com o desgosto e com uma pandemia. Também foi em setembro que perdi o meu cão querido, roubado, tirado de nós, desde o ano passado.

Assim, fui vivendo este setembro a olhar por cima do ombro, perguntando a cada dia, todos os dias, qual seria o desgosto deste ano.

Este setembro terminou gentilmente para mim. Saúdo-te outubro!

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Lar


 À chegada, a plenitude do silêncio sopra-me as boas-vindas. De mãos dadas com as sombras dos móveis que sei de cor, o silencio envolve-me sempre que chego a casa.

A solidão não habita comigo. Sempre que chego a casa, encontro o aconchego do sofá, dou a mão à tranquilidade e saboreio uma refeição à medida da minha fome, sem pressas, sem compromissos. Ofereço-me um copo de vinho tinto, assomo-me à janela  e suspiro descansada, ouvindo, ao longe, o cão da vizinhança a ladrar ao vento.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

A falta que isto me fez...

 A ideia era descermos a Nacional 2, depois de fazermos os Passadiços do Paiva e a ponte suspensa de Arouca, mas a canícula não deixou... Fomos deslizar na Ria de Aveiro e à Aberta Nova e seguimos para o Paiva. Conseguimos atravessar a ponte em Arouca (que tanto abanava, meus deuses!) e só sofremos até meio dos passadiços, tal era o calor! Depois, rumámos a Trás-os-Montes ver o nosso fofão e seus papás, mas abafava-se e foi no Porto que nos refrescámos, que saboreámos Serralves (com Miró e outros talentos), pasmámos com a Casa da Música, o Palácio da Bolsa e as catacumbas da Igreja de S. Francisco, navegámos no Douro e calcorreámos um Porto, que foi por nós muito e muito sentido. 

Estrafeguei um joelho. Mas ainda bem!































terça-feira, 9 de agosto de 2022

Caminhos

 Depois de quase 1300 Km de carro e muitos, muitos a pé, sinto a alma lavada, mais rica e quase pronta para novos recomeços.

Na companhia da filha mais nova, que é a que ainda tem disponibilidade para estas voltinhas (sim, que a outra filha já tem entretenimento mais continuo e fofinho...), lambuzei-me de norte: Aveiro, Arouca, Trás-os-Montes e o belo Porto, carago, do qual nunca me canso e que tenho pena de não ser já ali!...

















terça-feira, 21 de junho de 2022

Já tenho saudades. Tenho-te comigo...

 Sem mais tempo para olhar o sol de frente.

Sem mais tempo para respirar de peito aberto e cheio.

Quando te fores, o dia vai nascer, fresco e límpido, como sempre. Assim foi sempre e assim será.

Só quem te fez sua, sentirá a tua falta. 

Sentir-te-emos no nosso coração e sorriremos. Docemente.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Faz-nos falta


 

O sol crescido agasalhava as gentes que fintavam o vento, aconchegando os casacos como podiam.

O rio, azul e inquieto, seguia rumo ao mar, sem conversar com os barcos que o cruzavam.

Eram quatro vidas já bem compridas. Juntos, cresceram e rumaram aos trilhos escolhidos e que foram felizes ou não, vivazes ou acomodados.  

Havia memórias que planavam entre eles, recordações de risos partilhados, descobertas feitas por corpos jovens e tenros, ávidos de emoções e ainda encantados pela ausência de desencanto. As gargalhadas eram genuínas e espantavam pela sua generosidade. Gargalhadas generosas ainda surpreendem mais!

Prometeram voltar a ver-se, voltar a fruírem uns dos outros, junto deste ou de outro rio. Eles correm sempre para o mar. É por isso que os quatro sentem sempre perto o pulsar do coração uns dos outros.