terça-feira, 12 de novembro de 2024

Coisas pequeninas

 

Um céu rosado ao final do dia.

O cheiro a terra molhada no início de um aguaceiro.

Uma gargalhada vinda do fundo de nós.

O sabor de uma ameixa sumarenta a escorrer pelos lábios ávidos de magia e de cor.

O trautear daquela música dos nossos anos primeiros, que passa na rádio, quando estamos a conduzir.

O sorriso da nossa criança preferida, seja ela qual for, num momento qualquer.

Os dedidnhos do nosso neto.

São também estas coisas pequeninas que nos fazem felizes e ajudam a preencher os nossos dias.   

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Despedidas que fazem falta

 





Saudade é usar expressões que só tu usavas; é sorrir com alguma lembrança terna; é deixar de sorrir quando te recordo enfermo e a sofrer.
Quase 4 anos sem ti parecem-me mentira. Quando partiste, os funerais eram à pressa e não se permitiam despedidas.
Acho que nunca me despedi. E isso faz-me tanta falta como tu.

terça-feira, 25 de junho de 2024

Amigos

 

                                                   (imagem retirada da Internet)

Ah, os amigos, esses entes que nos amparam e nos ajudam a ser!...

Diz-se que os amigos são a família do coração, a que escolhemos para comprovarmos a nossa humanidade.

Amigo é também casa, é aconchego e abrigo. Mas também pode ser dor e desilusão e desencanto. 

Os amigos crescem connosco, até mesmo quando somos grandes, porque se vão renovando ou substituindo por outros que nos enlaçam mais, naqueles momentos. Há amigos para toda uma vida. E há amigos para um só momento.  

E isso é a vida a acontecer.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Estamos diferentes e somos iguais

 

Acabadinha de chegar de uma visita de estudo á Galiza de 3 dias, cansada, contudo feliz, chegou a altura da reflexão sobre o acontecido.

Já tinha, por diversas vezes, acompanhado alunos em viagens ao estrangeiro. Não recentemente, é certo, mas já tinha tido a grata experiência de partilhar momentos diferentes e intensos com os jovens da minha escola. Confesso, que, ultimamente, a vontade não tem sido muita... Já tivemos uma pandemia, acompanhamos o quotidiano de 2 guerras sem sentido e todos sentimos que estamos diferentes. Seja pelo imediatismo da informação, seja pela vida a acontecer tão somente, estamos diferentes, mais reativos, demasiado sós entre multidões, outros, em suma.

Dantes, em circunstâncias semelhantes à desta viagem à Galiza, alunos e professores despiam-se dos seus papéis e tornavam-se profundamente amigos. Ao regressarem à rotina, tudo e todos se acomodavam de novo nas salas de aula, nas atividades escolares, mas a ternura encontrada permanecia, dando-nos ainda mais motivos para sermos inteiros nesse mundo que é uma escola. 

Tive receio que, desta vez, assim não fosse. Afinal, já passamos por tanto, já mudou tanto o nosso mundo. 

Mas não. Este grupo de 53 alunos e 5 professoras falaram sempre a mesma linguagem e a magia aconteceu: foram momentos inesquecíveis, para nós adultas e para eles, adultos em projeto.

Obrigada, alunos e colegas!

Estamos diferentes, mas somos iguais! E ainda bem!