Acabadinha de chegar de uma visita de estudo á Galiza de 3 dias, cansada, contudo feliz, chegou a altura da reflexão sobre o acontecido.
Já tinha, por diversas vezes, acompanhado alunos em viagens ao estrangeiro. Não recentemente, é certo, mas já tinha tido a grata experiência de partilhar momentos diferentes e intensos com os jovens da minha escola. Confesso, que, ultimamente, a vontade não tem sido muita... Já tivemos uma pandemia, acompanhamos o quotidiano de 2 guerras sem sentido e todos sentimos que estamos diferentes. Seja pelo imediatismo da informação, seja pela vida a acontecer tão somente, estamos diferentes, mais reativos, demasiado sós entre multidões, outros, em suma.
Dantes, em circunstâncias semelhantes à desta viagem à Galiza, alunos e professores despiam-se dos seus papéis e tornavam-se profundamente amigos. Ao regressarem à rotina, tudo e todos se acomodavam de novo nas salas de aula, nas atividades escolares, mas a ternura encontrada permanecia, dando-nos ainda mais motivos para sermos inteiros nesse mundo que é uma escola.
Tive receio que, desta vez, assim não fosse. Afinal, já passamos por tanto, já mudou tanto o nosso mundo.
Mas não. Este grupo de 53 alunos e 5 professoras falaram sempre a mesma linguagem e a magia aconteceu: foram momentos inesquecíveis, para nós adultas e para eles, adultos em projeto.
Obrigada, alunos e colegas!
Estamos diferentes, mas somos iguais! E ainda bem!
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