quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Vestir a camisola

 

(imagem retirada da Internet)


Tenho sempre muito respeito por quem "veste a camisola". 

Nas missões que assumimos na vida, "vestir a camisola" é fundamental. Se não estamos disponíveis para realizar uma tarefa, assumir uma função ou um cargo, não nos devemos comprometer. Tudo fica mais bem feito e é um gosto, quando damos o nosso melhor, seja pessoal e/ou profissionalmente.

Ao longo da minha já comprida vida, tenho encontrado de tudo: gente esforçada, mas sem as competências essenciais; gente que se está nas tintas e, por isso mesmo, sem oportunidade de demonstrar qualidades e ou valores; gente boa e empenhada, que prioriza sempre dar o seu melhor e que tudo faz com o coração.

Não temos todos de ser perfeitos e talentosos em tudo na vida, devemos, sim, tentar fazer o melhor que sabemos e podemos, ou que nos parece o melhor.

Não é fácil. Mas também não é difícil!

terça-feira, 21 de outubro de 2025

Com sentido

 


Há coisas que fazem todo o sentido.

No passado dia 17 de outubro, juntaram-se um punhado de /colegas/amigos e a família próxima e celebrámos o talento e a saudade do professor Humberto Oliveira, meu colega e amigo, falecido em agosto de 2020.

Nas nossas conversas tontas, tínhamos prometido um ao outro ler o "Cântico Negro", de José Régio nos nossos funerais. Por mais absurdo que isso pareça, não me foi possível concretizar essa promessa,  devido à crise pandémica que nos assolou. Então, com o apoio inestimável da diretora do meu agrupamento de escolas, nesta singela homenagem, atribuímos o seu nome à Biblioteca Escolar (BE) da escola sede, local onde ele trabalhou, nos últimos anos de vida e onde foi feliz.

Fez todo o sentido recordá-lo em algumas fotos, recolher os seus trabalhos na BE, receber os seus familiares e, finalmente, entre lágrimas, ler, com voz embargada, o nosso poema preferido, o "Cântico Negro". 

Fez todo o sentido!...

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Foi um gosto!


 

Fui eleita para a Assembleia Municipal de Benavente por 5 mandatos, o que perfaz 20  anos ao serviço do município.  Conheci gente muito boa de todos os quadrantes políticos, excelentes autarcas, não estando já alguns entre nós, lamentavelmente.

Terminei funções, na última assembleia do mandato, a 29 de setembro de 2025. Considero que dei o meu contributo para a cidadania ativa, sendo exemplo para as minhas filhas.

As eleições autárquicas já decorreram e outros desempenharão funções de acompanhamento e fiscalização do executivo municipal, trabalhando para melhorar esta terra em que vivemos. 

É importante participar no que a democracia nos proporciona: intervir civicamente nas nossas comunidades, seja de uma forma mais ativa - nos executivos da câmara e/ou da junta, seja de modo mais atento - nas assembleias municipais e/ou de freguesia. 

A política autárquica nada tem a ver com a política nacional e deve ser executada para além da matriz de cada partido. Afinal, tudo o que se faz, se sugere, se discute é destinado a todos nós diretamente e vai ter repercussões na nossa localidade, na nossa rua.

É urgente e necessário que os nossos jovens percebam a necessidade  de serem agentes ativos na sua comunidade e que se interessem pelo funcionamento das instituições que, em primeira instância, nos regem. 

É desejável que os autarcas que brevemente iniciarão funções se foquem no bem comum e não valorizem tanto os "seus quintais". O voto foi muito fracionado e só com o contributo de todas as fações se poderá chegar ao equilíbrio que o povo do concelho de Benavente deseja. 

Bom trabalho!