sábado, 30 de janeiro de 2010
Sossego
Uma filha a namorar; outra a visitar o estremado progenitor. Que hei-de eu fazer com este sossego?
Em cacos
Estava eu, anteontem, a degustar a minha caminha, fingindo que estava a ver televisão, pelo que me via obrigada a abrir, alternadamente, os olhos, quando não morri de um ataque cardíaco porque não sou uma senhora tão antiga assim!
A caganita (a minha filha mais nova, que odeia que lhe chame este epíteto tão fofinho) tinha descido e estava na cozinha. Como é uma destruidora de objectos compulsiva, dei um salto e gritei assustada por ela, quando ouvi o estrondo de algo a cair e vidros que se partiam. A pobre nem estava no lugar do incidente: tinha sido um quadro da casa de banho que tinha caído e se estilhaçou. Mas fez um estrondo tão grande na minha madorna que nem consegui limpar os cacos, de assustada que fiquei! Pedi à caganita. Afinal, já limpei miríades de cacos, consequência dos estragos dela!
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Feições
Conversa com a minha filha mais velha sobre uma senhora nossa conhecida, mas que ela não estava a ver bem quem era:
- Ah, sim, parece que já sei. É uma loira, com as feições assim um bocado rijas.
- Rijas?! Pois... Não sei. Nunca lhe apalpei as feições! - respondi eu, a pensar muito, mas desconhecendo como seriam as tais feições...
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
(Novas) Comissões
Já retomámos os trabalhos nas comissões da Assembleia Municipal da minha autarquia. Este mandato, como já somos mais elementos do partido pelo qual concorri, só integro duas delas. Espero que corra tão bem como no mandato anterior, mas tenho saudades de alguns elementos, do seu empenho e da sua boa disposição, embora ainda permaneçam alguns dos antigos autarcas. Confio que vamos todos dar o nosso melhor para desenvolver as tarefas o melhor possível.
Citação
"Mágoa é um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar." - Luiz Gonzaga Pinheiro
domingo, 17 de janeiro de 2010
Vazio
Há dias, fui com as miúdas à cidade onde eu morei antes desta. As localidades onde eu habito ou habitei começam sempre por ser vilas, mas, depois, com a minha presença, o desenvolvimento é tal que, qual passe de mágica, passam a cidades. Bom, estava eu a contar que fui à tal cidade e, quando me aproximei da casa onde a minha avó morou, tive um choque monumental. Ora eu, senhora já com uma certa antiguidade, não posso ter destas emoções. É verdade que o meu primo R. já me tinha enviado imagens, todavia, quando me deparei com o vazio no local onde dantes tinha sido a casa da minha avó, fiquei muito triste: tanto a casa que foi dela como o edifício contíguo foram totalmente demolidos!
Foi indescritível o que senti, amálgama de emoções que passaram pela perda, tristeza, revolta...
Apre! Esta vida até me manda a baixo as casas onde fui feliz!
Tenho de parabenizar o P.
O meu querido P. (o tal do bode) completou hoje 35 anos! O que se passa comigo? Já ninguém tem amigos com esta idade...
Parabéns, miúdo! E vê lá se ficas muito mais velho, que a tua idade é uma vergonha!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Frio em excesso
Acabei de descobrir que o frio em excesso é prejudicial ao meu cérebro. Agora, a dúvida é: onde terei o cérebro? Toda eu estou gelada...
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Citação
E se pensássemos nisto?
"Os seres humanos são profundamente artificiais. Esforçamo-nos sempre por melhorarmos a nossa natureza e aproximarmo-nos de um ideal. Mesmo nos tempos actuais em que a filosofia perene já foi abandonada, as pessoas seguem servilmente os ditames da moda e, inclusive, exercem violência sobre os próprios rostos e corpos a fim de reproduzirem a norma de beleza do momento. O culto da celebridade demonstra que continuam a venerar os modelos que lhes servem de epítome de «super-humanidade». Dão-se por vezes a enormes trabalhos para verem os seus ídolos e sentem na sua presença um extasiado engrandecimento de ser. Imitam as suas roupas e comportamentos. Parece que os seres humanos tendem naturalmente para o arquétipo e o paradigmático" - Karen Armstrong
domingo, 3 de janeiro de 2010
Tretas
De todos os desejos "passais" (de passas, evidentemente) da passagem do ano passado, apenas um não se concretizou. Conclusão: os desejos que se têm quando estamos a comer as passas, muito contrariados, depois da meia-noite de um novo ano, são treta!
sábado, 2 de janeiro de 2010
SÍntese da Felicidade
A minha querida D. enviou-me um e-mail com um poema que já conhecia, do qual gosto bastante e quero partilhar aqui:
“Síntese da Felicidade”
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade
“Síntese da Felicidade”
Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drummond de Andrade
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