Agasta-me ver o meu velhote cabisbaixo e tristonho por estar fechado em casa, a recuperar do internamento. Ele que não parava nunca (estava a "bricolar", respondia sempre), vê-se agora fechado e a desejar que o tempo passe para voltar à rotina. Tenho tentado convencê-lo de que as rotinas também se alteram e que ele já não tem saúde para muitas das coisas que teimava em fazer, mas duvido que tenha conseguido. Procuro entretê-lo, contudo as nossas conversas nunca batem certo: eu não gosto de futebol, nem de caça. É penoso encarar a sua velhice, quer para ele, quer para mim.
domingo, 3 de abril de 2011
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