sexta-feira, 9 de março de 2012

Fugimos

Ainda não tinha tido tempo de relatar a ida ao banco do hospital da nossa área de residência, da passada segunda-feira. 
Tudo começou com uma visita ao CAT aqui do concelho, da qual resultou o pinga-pinga de 2 "botelhas" de soro na veia da cria mais nova, que ia entrando em coma com toda a operação ("Oh mãe, oh mãe, 'tou a ficar toda dormente!"). Como lá lhe passaram os fanicos no fim do soro e da injeção de Primperam, voltámos para o carro e ela voltou a vomitar. Conselho médico: era melhor ir ao hospital, onde há outros meios de diagnóstico. Fomos, às 2 da manhã. Lá chegadas, foi uma experiência muito vivaz! Parecia que eram 2 da tarde, muita gente, animação variada: depois da triagem, onde ganhou a fita verde e a informação de que "isto hoje 'tá um bocadinho demorado...", passámos às salas de espera. Um grupo de entes felizes, cuja alegria insultou o meu cansaço ensonado, insistia em gargalhar ruidosamente; um homem anafado espojou-se em 3 bancos e ressonava ofensivamente; uma mulher esganiçada insistia, ao guiché, na presença da chefe de equipa para lhe justificar as 3 horas de espera; ao seu lado, um jovem de crista, numa cadeira de rodas perguntava continuamente aos funcionários quanto tempo faltava ainda para ele entrar, visto que estava à espera havia 5 horas...
Eu e a cria enferma ainda esperámos algum tempo, mas tanta emoção pela madrugada deve ter impedido os fluxos gástricos de quererem vir apanhar ar e ela não mais vomitou. Assim sendo, podíamos fugir dali!

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