sábado, 28 de junho de 2014

Máxima


Risco de ostracismo

Soube-me a boa disposição, a alegria, a são convívio, o almoço com antigos colegas autarcas. 
As festas da vila são o pretexto para o executivo da câmara juntar os amigos e outros num espaço lindíssimo, lá pelo burgo. Só o ano passado experimentei, mas fiquei muito fã e pedi para ser convidada, mais uma vez. E não fui defraudada!
Depois, a C. mostrou-me todo o acervo do museu municipal e delirei! Vim de lá repleta de História, de historias e de publicações da câmara, que folhei gulosamente... Gostei tanto e fiquei tão entusiasmada que me convenceram a ficar para ver a passagem do touro pelas ruas! Que o pessoal da minha cidade não saiba que ando a ver os touros de outras bandas ou serei ostracizada! 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mãe, de novo

Último diálogo entre mim e mamãe, antes de eu subir a escada a grande velocidade para fugir dela, já sem paciência nenhuma:
- Hoje, tomei o comprimido que o cardiologista me deu porque estava com arritmias.
- Mas o comprimido é só para tomar de vez em quando?!
- Não, eu é que só tomei hoje. E tomei também outro que ele me receitou para fazer xixi e passei a manhã a correr para a casa de banho!
- Então, mas se foste ao cardiologista há já quase um mês, por que só começaste agora a tomar os medicamentos?!
- Então, eu é que sei quando devo tomá-los! Eu é que me sinto! O corpo é meu!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ocupações

Estive 2 minutos no Facebook e não vomitei porque me mudei para aqui!
Até parece que a seleção passaria de fase!
Mas, não vou falar de futebol. Não!
Classificação das provas finais de português? Não!
Escola? Depois.
Família? 'Tá bem: a minha mãe anda a fazer acupunctura. Uma amiga deu-lhe o contacto deste terapeuta e ela lá vai, religiosamente, todas as semanas. Se está melhor? Claro que não, mas assim tem a total atenção do meu pai naquele bocadinho de tempo em que lá vai com ela, sai de casa pelo menos uma vez por semana e tem ocasião de mostrar todo o seu bom humor a um estranho que lhe está a espetar agulhas minuciosa e calmamente - o seu bom humor só vem ao de cima com estranhos ou pessoas que ela não vê há mais de um ano.
Como também tem de ir ao posto médico para fazer o penso de uma biopsia a um sinal na cara, a que foi sujeita na segunda-feira, dizia-me ontem assim:
- Agora, com esta coisa do penso, tenho as tardes todas empatadas!
E eu até sei o que a está a transtornar: assim as sestas ficam comprometidas.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sem assunto

Lá na escola, hoje conviveu-se ao almoço, à volta das sardinhas e da chicha. 
O pessoal fazia fila para se servir e dizia um colega para outro:
- O Gana havia de não comparecer ao jogo de amanhã, porque assim já ganhávamos 3-0 e a Alemanha só precisava de ganhar 2-0 aos Estados Unidos!
- E para que queres tu que passemos aos quartos de final? - pergunto eu, cética e já sem paciência.
- Sim, pois... Realmente...
Proponho, então:
- Oh, pá, falemos de escola, da crise, que são temas tão pouco explorados pelos professores!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Memórias

No sábado participei alegremente numa "Saída Só De Gajas".
E foi assim:compras, almoço, compras, Baixa pombalina, jantar, teatro. Diverti-me imenso, com a S., a F., a A. e a L., apesar da dose excessiva de compras.  
Encontrámos meio mundo na capital - "manifes" contra o governo e pró homossexualidade/bissexualidade e todo um piquenicão, recheado de Tony Carreira (corri o risco de ser arrastada para o concerto, senhores!). Vimos famosos e anónimos, ladrões declarados e dos outros, vendilhões de drogas e dos outros.
Contextualizo apenas pelo facto de termos estacionado o carro em frente ao prédio onde morou um dos meus namorados de juventude, visto que fomos para a Baixa de metro. O local está na mesma, apesar do mau estado da construção; pareço eu...
Não interessa, vi-me por lá, há 30 anos atrás, quando um pretendente com carro (coisa rara na altura!) me ia buscar a casa do namorado oficial. Agora, não me lembro se o pretendente sabia do namorado oficial...
E era tão bom!...

Mea culpa!

O dilúvio de hoje fez-me lembrar a minha "desvontade" de classificar exames: ambos foram assustadoramente intensos! A pontos de ainda por aqui andar. A "desvontade", não o dilúvio.

domingo, 22 de junho de 2014

A carne é fraca

Deambulo pela casa, entretendo-me com minudências, fazendo de conta que quero muito aproximar-me da mesa da sala de jantar, onde jazem as provas de exame, que tenho de classificar.
Após um dia de lazer como o de ontem, cabia à minha sensatez recuperar algum do tempo de classificação, visto que também amanhã os meus afazeres não o permitirão... Nem arrumar gavetas me apeteceu! Vi televisão indiscriminadamente (!), adormeci no sofá, ...
Sou tão fraquinha!... 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Empanturremo-nos


Por falar em aromas...

Descobri este

Preferidos

Estive a fazer pão de sementes e o odor a pão fresco espalhou-se pela casa. Assim, descobri que este é, também, um dos meus aromas favoritos.


Provas

Os meus carrapetos lá fizeram exame. Atenção, esta constatação só aconteceu agora porque tive o PC requisitado pela cria mais nova que esteve em nosso lar todos estes dias, a desarrumar divisões da casa e a estudar.
Voltando à temática supracitada, foi do senso comum uma visão otimista da prova, até porque não saiu Os Lusíadas/Auto da Barca do Inferno. Alguns miúdos estavam algo agastados com este facto e eu partilho da sua agastura. Afinal, um terço do ciclo de estudos sujeito a avaliação foi dispensado e o investimento por eles feito revelou-se inglório.
A cereja no topo do bolo: fui presenteada com 40 provas para classificar, que fui levantar ontem.
De modos que considero esta fase das nossas vidas bastante... examinada.

domingo, 15 de junho de 2014

Elogio ao Amor- Miguel Esteves Cardoso

Quando é assim, é... assim. Grande MEC!

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido....Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso

sábado, 14 de junho de 2014

Eça de Queirós

Há pouco, nas notícias, a propósito de uma empresa que dinamiza percursos em Lisboa com referências literárias, vi e ouvi uma cidadã espanhola a tentar dizer "Eça de Queirós". A piquena, para além de ter bom aspeto, foi humilde e confessou que não era capaz de pronunciar o nome do nosso Eça. Foi tão difícil para ela como está a ser para mim tentar reproduzir o que ela disse.
Vou ser humilde também e reconhecer que não sou capaz...

Caminhos


Falso boato

As temperaturas vão descer.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Calor bom... (!!!)

O calor estupidificante de hoje foi maravilhoso porque tomei banhões na minha praia!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Tenacidade

Pelo menos, de falta de coerência este governo não pode ser acusado: os cortes nos ordenados são para manter independentemente das indicações do tribunal, malgré tout!
É assim "mêmo! 

Véspera de final de ano

Logo, irei ver 2 das minhas turmas participarem na festa de encerramento do ano letivo.
Foi uma ano "santo" e vou ter, já tenho muitas saudades...
Oh, pronto, agora fiquei melancólica!...

domingo, 8 de junho de 2014

Pasmos

Surpreendo-me com alguns factos, a saber:
- a diferença abissal entre pais e filhos, no que respeita a valores, formas de estar na vida, gostos;
- o facto de os genes influenciarem muito mais o físico do que o mental;
- a minha desorientação perante as surpresas anteriores;
- a minha tristeza e revolta perante os sobressaltos supracitados.

Pobres de nós!...

Época absolutamente horrível para docentes é esta que atravessamos! 
E não falo dos cortes nos ordenados nem nada. O excesso de trabalho com que somos sobrecarregados é inversamente proporcional ao ciclo de estudos. Parece mentira, mas os colegas de 1.º e 2.º ciclos, para além de continuarem a dar as suas aulas comme d'habitude (com a consequente preparação e o histerismo de encerramento de ano típico dos alunos), tiveram de corrigir testes/trabalhos para poderem atribuir as suas classificações finais e TIVERAM DE CORRIGIR EXAMES!!!
Pois é, milhares de pobres almas levaram para suas casas entre 40 e 50 provas para classificarem. Sem desprimor para os colegas de matemática, ninguém imagina a pinceleira que é corrigir exames de português! Ele é a contagem das palavras, ele é a identificação do tipo de erros para o respetivo desconto, ele a colocação do aluno em cada perfil de proficiência para cada parâmetro de avaliação de expressão escrita... 
A cereja no topo do bolo? Reuniões de avaliação ao final do dia!
É a loucura!
Só damos aulas, dizem alguns... Sim...

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Depois de uma crise económica, venham mais crises!

Ele é o PS que anda à nora, com a candidatura do outro a secretário-geral; ele é Espanha que anda à nora com a abdicação do rei...
Estou curiosa para saber qual será a próxima crise política.

Dia Mundial da Criança

Ofereci à minha criança mais nova, no dia comemorativo da sua infância, um "Kinder-surpresa".
O brinquedo-brinde foi um carrinho. Apropriadíssimo!

Mais uma constatação

Ultimamente, a etiqueta mais usada nas minhas publicações é "prazeres".
Hum! 

2 em 1

Os primos vieram cá passar o fim-de-semana. Assim, pude aliar o gosto de os ter cá à permissão de não trabalhar.
E foi ótimo!