Não me ralo nada de ter a minha idade. Ela é minha, conquistei-a ao mundo, à vida, ao tempo. Nunca deixarei que atrasem a passagem dos anos pelo meu corpo! Cuido-me para ter saúde, provando que me amo assim, antiga e com os privilégios da antiguidade.
Ter já muitos anos permite-me quase não fazer fretes e, se os faço, é porque ainda acho que têm sentido. Também posso quase sempre escolher onde estou, com quem estou, durante quanto tempo...
Tenho a felicidade de amar a minha profissão, pelo que, ao fim destes anos todos, é raro o dia em que vou para a escola sem vontade e ainda retiro prazer de muitas das tarefas e atividades a ela inerentes.
Assim, nestes tempos estranhos e maus, que nada têm a ver com todos os anos todos que já vivi, precisamos de retirar felicidade de momentinhos, de atitudes espontâneas e possíveis, mas que nos recordam que somos humanos e seres gregários.
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