Nas minhas caminhadas diárias, passo por um caramanchão onde mora a Primavera. O jardim onde ele se situa nem é nada bonito e é muito próximo do pior bairro do burgo; tem um parque infantil, um quiosque que vende bebidas, algumas árvores frondosas, com umas mesas debaixo, onde idosos jogam às cartas com o empenho de uma missão, como é típico de desocupados, e pouco mais. No entanto, o camaranchão rejubila de flores e verdura. São boninas de muitas cores, cachos brancos e lilases, que tombam na ânsia de mais colorir… Decididamente, se a Primavera não deixou por ali ficar um pedaço de si, foi algum pintor distraído que lá se esqueceu da paleta.
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