Era eu adolescente e a graça que achava ao Carnaval resumia-se aos bailes e ao facto de nos mascararmos de forma a ficarmos irreconhecíveis, indo bater à porta dos amigos para os assustar e molhar com as bisnasgas. Detestava, por exemplo, as enfarinhadelas e os ovos esborrachados no alto da cabeça, pese embora o facto de ser bastante nutritivo para o coro cabeludo. Uma ocasião, o J. correu toda a tarde atrás de mim para me enfarinhar e consegui sempre escapar-lhe, terminando por apanhar o autocarro. Pois aquela anta vislumbrou-me sentadinha no autocarro, subiu, fingindo que ia apanhá-lo e enfarinhou-me, perante o passageiro do lado que, boquiaberto, apenas se preocupou em sacudir a farinha que lhe tinha caído na roupa! Era assim.
sexta-feira, 4 de março de 2011
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