Há momentos em que me apetecia ter fé. Acreditar em milagres, nunca perder a esperança, achar que há "alguém" que vela por nós, por mim.
O absurdo da faixa de Gaza, por exemplo, poderia ser resolvido por qualquer um dos deuses em confronto. Tanto se me dava que fosse através de Maomé ou de Moisés; afinal, ambos tem a mesma profissão. Certo, certo seria o sorriso das crianças de ambos os lados, a felicidade das mães encheria as ruas de brilho e, em vez de lágrimas e sofrimento, a sanidade da rotina evitaria as notícias.
Já dizia o nosso poeta épico que o motivo de todas as guerras é a cobiça e a sua consequência é a morte. Em Gaza é também assim.
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