Estar por aqui, ao serão, sozinha em casa dá uma angustiazita momentânea, de vez em quando. Aprendi a gostar de estar só; ser filha única obriga-nos a estas aprendizagens.
Confesso que, quando as miúdas eram pequenas e enchiam a casa com as suas gargalhadas e brigas, sentia, por vezes, a falta do sossego, do som do silêncio. Quando tinha a casa só para mim, aparvalhava, sem saber o que fazer para fruir dessa paz tão escassa e desejada.
Confesso que, quando as miúdas eram pequenas e enchiam a casa com as suas gargalhadas e brigas, sentia, por vezes, a falta do sossego, do som do silêncio. Quando tinha a casa só para mim, aparvalhava, sem saber o que fazer para fruir dessa paz tão escassa e desejada.
Agora, admito que gosto de poder ser a única dona do comando da televisão, de comer o que me apetece, quando me apetece... No entanto, quem é que ouve os meus lamentos sobre o dia agastante que tive? Com quem embirro só porque sim? Com quem dou uma gargalhada sentida sobre tudo, ou sobre nada?
Será isto a solidão?
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