quinta-feira, 5 de março de 2009

As valas são nossas amigas

A cria mais velha anda a tirar a carta. A princípio, ela não se mostrou nada entusiasmada com esta aprendizagem e só se inscreveu na escola de condução porque concluiu que vir da faculdade tarde e de comboio não é muito confortável. Fiquei mais tranquila quando, depois da sua primeira aula de condução, a minha filha me confessou que, afinal, “conduzir até é fixe!” Reconheço que, por ela não ter grande vontade de se tornar um ás do volante, já me estava a ver “mãe-taxi” por muitos e longos anos.
Foi, então, com alguma preocupação que a vi apreensiva, quando regressou de mais uma voltinha de aprendizagem. Quis saber o que se tinha passado, cogitando onde poderia adquirir aqueles artefactos que se usam para determinar o custo das viagens nos carros de praça, que decidi adquirir logo que tivesse a certeza que ela ia desistir.
- Hoje não correu muito bem… Já tive de fazer umas “cenas” mais complicadas.
- Que coisas?
- Fiz ponto de embraiagem.
Admirei-me. Não me lembrava de declives significativos, no lugar onde moramos e, quando tirei a carta, eram esses os locais eleitos pelos instrutores para treinar ponto de embraiagem.
- Deu para experimentar porque caí numa vala…
- Numa vala?!
- Sim, a primeira vez não correu muito bem, mas da segunda já fiz tudo direitinho.
- A segunda?!
- Sim. Caí na vala duas vezes…

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