terça-feira, 5 de maio de 2009

Serei eu política?

Se perguntarmos a alguém quais as características de um político, quase de certeza dirá que é uma pessoa que gosta de poder, que não faz muito, mas fala muito e que é passível de ser corrompido. É esta a ideia que as pessoas têm dos políticos. Mas não devia ser assim. A política é a actividade que se dedica à causa pública e, segundo Aristóteles, inseparável da ética. Por isso, o Homem, enquanto “animal político”, deve poder viver bem, ou seja, virtuosamente, na sociedade. Então, um político deveria ser alguém que se preocupa, em primeiro lugar, com os outros e zela pelo bem-estar de todos. É segundo esta premissa que eu encaro a Política. Mas não é por ela que se regem os políticos. Não estou a afirmar que não fazem nada ou que são todos corruptos. Nada disso. Mas também não põem a causa pública em primeiro lugar. Quando, na Assembleia Municipal, trabalhamos nas Comissões Específicas, é notória a vontade colectiva de se fazer o melhor para resolver os problemas dos munícipes do nosso concelho. Não estão lá os jornalistas. Quando se participa nas sessões deste órgão autárquico, é notória a vontade colectiva de se mostrar que se é perito a por o outro em cheque. Está lá a comunicação social… Se calhar, é mesmo assim e eu, já com oito anos de serviço autárquico, já devia estar habituada. Mas não estou! Eu gosto mesmo é de trabalhar em equipa, de dar o meu melhor para fazer algo pelas instituições, pelas pessoas! Não gosto nada dos desrespeitos e das picardias que, muitas vezes, acontecem no plenário. Haverá algum órgão onde se faça política em vez de se tentar brilhar individualmente ou puxar o lustro a algum partido?

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