O meu amigo Vítor Encarnação mandou-me um email em que me parecia muito agastado. Coisas lá dele. Mas não deve, porque quem escreve como ele o faz, mesmo que a vida não o recompense amiúde, deve estar certo do seu valor. Este poema que a seguir transcrevo é dele, retirado do seu último livro, Maturação, que eu devorei e continuo a saborear de vez em quando:
“As mulheres são enciclopédias,
tratados, teses, teoremas.
E os homens são dicionários
de bolso.
Só dizem as coisas básicas.
Para as mulheres novas chegará,
será suficiente ir depressa
a direito,
morrer logo nas curvas,
fumar um cigarro,
lavar-se no bidé
e dormir.
Mas uma mulher madura é uma mistura
de queijo amanteigado,
pão quente
e vinho tinto
numa noite de Inverno
quando faz frio na rua.
Quer ter tempo de ter fome.
Quer ter tempo de saciar a fome.
Quer condutar.
Abrandar os braços do tempo.”
“As mulheres são enciclopédias,
tratados, teses, teoremas.
E os homens são dicionários
de bolso.
Só dizem as coisas básicas.
Para as mulheres novas chegará,
será suficiente ir depressa
a direito,
morrer logo nas curvas,
fumar um cigarro,
lavar-se no bidé
e dormir.
Mas uma mulher madura é uma mistura
de queijo amanteigado,
pão quente
e vinho tinto
numa noite de Inverno
quando faz frio na rua.
Quer ter tempo de ter fome.
Quer ter tempo de saciar a fome.
Quer condutar.
Abrandar os braços do tempo.”
1 comentário:
Belíssimo poema Ti D... muito bom! É certamente a particula de um livro que merece ser (e bem) devorado! beijocas para ti e para as «ijjas»
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