domingo, 15 de fevereiro de 2009

Monogamia

No outro dia, em conversa com a F., a propósito do último filme de Woody Allen, “Vicky, Christina, Barcelona”, acordámos que o realizador nos fez pensar a problemática das relações amorosas. Concluímos (e não descobrimos nada de novo, mas soube-nos bem verbalizá-lo) que elas, as relações amorosas, bem entendido, estão votadas ao fracasso porque teimamos em torná-las monogâmicas, quando o Homem, tal como muitos outros animais, não o é. O segredo está, se calhar, na sinceridade e na capacidade de aceitar que o outro se possa apaixonar por outra pessoa. Parece que foi assim que Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre conseguiram levar por diante a sua relação, nunca duvidaram do sentimento que os unia, mas aceitaram que o outro se encantasse por outrem. Ao contrário do que possa parecer, acho que é fundamental uma grande generosidade para levar a bom porto uma ligação com estas características e fazer da verdade a grande bandeira entre ambos. Se eu seria capaz? Hum…

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