terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Festinha possível


Há que assumir

E dizia-me assim o amigo com quem ontem partilhei um chá de camomila quentinho:
- Serves tu ou entorno eu?

sábado, 27 de dezembro de 2014

Tipo

Tipo, não sei se tou preparada pa essa cena, meu! Tipo, é muita informação! Tipo, e se o gajo se corta? Era uma cena marada, meu! Tipo, eu tamem tou bué indecisa, meu! É uma cena bué da marada! Tipo, tás a ver?
(hipotética publicação de uma das minhas alunas)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

3 coisas boas

Porque faz hoje anos que foi o meu casamento, saliento as 3 coisas boas que daí advieram:
- as minhas 2 filhas;
- uma receita de arroz doce absolutamente maravilhoso!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Repito:

o bom, bom do Natal é que só há outro para o ano!

Quase, quase

... a desnatalar!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Colherada de xarope (mal cheia)

Para apaziguar esparvoeiradas/desencabecionadas, diz o Zafón que a solidão é o caminho para a paz.
Por que será que não se sinto nada consolada?

Véspera da véspera de Natal

Quase, quase no Natal, apetece-me falar da M. e do T. que fazem anos amanhã. Tudo o resto é invenção. 

Assimetrias


Citação -"Tudo é foi"

Fecho os olhos por instantes.
Abro os olhos novamente.
Neste abrir e fechar de olhos
já todo o mundo é diferente.

Já outro ar me rodeia;
outros lábios o respiram;
outros aléns se tingiram
de outro Sol que os incendeia.

Outras árvores se floriram;
outro vento as despenteia;
outras ondas invadiram
outros recantos de areia.

Momento, tempo esgotado,
fluidez sem transparência.
Presença, espectro da ausência,
cadáver desenterrado.

Combustão perene e fria.
Corpo que a arder arrefece.
Incandescência sombria.
Tudo é foi. Nada acontece.


ANTÓNIO GEDEÃO

domingo, 21 de dezembro de 2014

Deveras

Parece que a palavra "deveras"está moribunda. Esta e mais outras, como "ósculo", "cosmonauta", "cassette" e"obséquio". 
Vejamos: 
- "ósculo" até não me rala, faz-me lembrar miopia ou algum tipo de inseto;
- "cosmonauta" e "cassette" estão demodés e nem acho mal; afinal também já ninguém usa máquinas de escrever e ninguém parece ter saudades delas (eu tenho um pouquinho, confesso; era o meu PC na faculdade e perdi horas a datilografar trabalhos para entregar...);
- "obséquio", bem "obséquio" é um disfemismo nos dias de hoje - já ninguém tem a amabilidade de pedir "por favor", quanto mais por obséquio! Pensar-se-á que se trata de um insulto, certamente.
Mas  de "deveras" gosto! É uma palavra plena, assertiva. Vou lembrar-me de usar "deveras" muitas vezes, por exemplo:
"Estou deveras cheia!"
ou
"Quero deveras este livro!"
ou ainda
"És deveras parvo!"
Está decidido: usarei deveras esta palavra!

Modalidade desportiva

Não sei se é completamente saudável, mas que me faz transpirar, lá isso faz: carregar lenha para o 1.º andar.

sábado, 20 de dezembro de 2014

A propósito


Alone

Há uns tempos, muitos, por sinal, escrevia aqui que o som do silêncio era absolutamente único e que a ausência das miúdas me era muito prazenteira. E não é que continuo a ter a mesma opinião?

Autorização

Sim, está um frio do caraças, mas pode: estamos no solstício do inverno!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Paradoxo

As sombras que este vento me tem trazido são mãos que rasgam a pacatez da minha existência. É um vento frio, maluco, volteia-me os pensamentos e deixa-me dividida. 
Desejo que sim. Temo que não.
Temo que sim. Desejo que não.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Preciso de ar (e de espaço, já agora...)

Nem só com o narizito de fora consigo respirar por entre as grelhas de avaliação...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Leituras

Fiz, hoje, aula de avaliação de leitura, na minha turma do 9.º ano. Distribui os poemas pelos alunos há algum tempo e pedi-lhes para prepararem a leitura, salientando que a poesia lê-se tanto melhor quanto mais sentirmos o texto.
Uns leram à pressa; outros com expressividade e alguma emoção. Chegando a vez da E. (uma menina caladita e com algumas dificuldades), no poema "Monotonia" de Irene Lisboa, pasmei, arrepiei-me e, no fim, bati palmas, pela alma que ela emprestou à sua leitura.
É esta capacidade que os alunos têm de me surpreender que me faz atingir a plenitude na minha profissão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Sozinha

Estar por aqui, ao serão, sozinha em casa dá uma angustiazita momentânea, de vez em quando. Aprendi a gostar de estar só; ser filha única obriga-nos a estas aprendizagens.
Confesso que, quando as miúdas eram pequenas e enchiam a casa com as suas gargalhadas e brigas, sentia, por vezes, a falta do sossego, do som do silêncio. Quando tinha a casa só para mim, aparvalhava, sem saber o que fazer para fruir dessa paz tão escassa e desejada.
Agora, admito que gosto de poder ser a única dona do comando da televisão, de comer o que me apetece, quando me apetece... No entanto, quem é que ouve os meus lamentos sobre o dia agastante que tive? Com quem embirro só porque sim? Com quem dou uma gargalhada sentida sobre tudo, ou sobre nada?
Será isto a solidão?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Presentes

Ontem, ofereci a mim própria um dia sem fazer nada para escola, que só foi possível porque me tinha dado o dia de quinta-feira, ficando, assim, com um fim-de-semana de 5 dias. E olhem que isto é triste!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Felicidade


Assim

Tinha uma dor no peito assim-assim. Perante a perspetiva de partilharem uma refeição, uma mesa, uma paisagem, o coração queria sair do lugar, o maroto. E poder ser feliz, assim, era-lhe absolutamente estranho. Gostar de ser feliz, assim, então, era um absurdo.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Vá de yoga!

E é isto: o yoga está ser-me extremamente útil para aliviar as minhas partes musculo-esqueléticas, após horas de correção de testes. Assim, intervalo de quando em vez para pôr o rabito para o ar em carpa ou elevar a lombar do chão, com as mãos... Não sei como se chama a posição, mas tem uma designação específica. Todas têm; ele é gafanhoto, ele é camelo, ele é guerreiro, ele é pensador, eu sei lá, sei lá!... 

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Lírica, sou uma lírica

Gastei 3 semanas de aulas a ensiná-los a escrever um texto de forma organizada e correta e hoje, no teste, era vê-los a... não fazer nada disso!
O meu lirismo escorreu pela sarjeta, junto com a chuva.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Negrume

Os olhos ternos das palavras estão fechados neste silêncio.

sábado, 15 de novembro de 2014

Luz

Se, da primavera, destaco as cores; do outono, destaco a luz: intensa, amarelada, faiscante ... outonal, enfim.

Sempre aquecem os interiores...


domingo, 9 de novembro de 2014

1989

...tinha eu 25 anos e pensava que mundo estava arrumadinho, entre o leste e o ocidente.
Aliás, na faculdade, aprendíamos as grandes diferenças entre a DDR e a BRD, sendo que pouquíssimos de nós tinham ainda visitado a Alemanha de leste. 
Lembro-me que a minha filha mais velha tinha pouco mais de 7 meses e eu fazia estágio na Escola Secundária Josefa de Óbidos. Tinha uma turma de 8.º ano de português e um 10.º ano de iniciação de alemão. Foi o último ano em que lecionei alemão e a queda do muro tocou-me particularmente.
Foi uma emoção tremenda testemunhar a alegria de um povo estraçalhado pela guerra, marcado por uma divisão imposta por aqueles que arvoravam ideais de libertação. 
Caiu o muro de Berlim há 25 anos. Quantos mais persistem por aí?

sábado, 1 de novembro de 2014

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Enganos

Quando uma intuição se confirma, achamos que o que desejamos foi intuído...

E mais este

Ajuntamento muito prazenteiro este, que reuniu ex e atuais autarcas.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Felicidade

Mais um "ajuntamento". Feliz, como os outros.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Citação

REQUIEM
Há mortos que demoram a morrer
é inútil sepultá-los eles voltam
demoram-se por vezes numa sombra
num braço de cadeira ou no rebordo partido
de uma chávena. Ou então escondem-se
em pequenas caixas sobre as mesas.
Há objectos que ficam cheios deles
são como o resto transmudado dos ausentes
sua marca na casa e no efémero.
Por isso custa tanto retirar o prato e o talher
arrumar os fatos desfazer
a cama. Há mortos
que nunca mais se vão embora.
Há mortos que não param de doer.P
Manuel Alegre

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A ciência que estuda os patos

Na aula passada, fui dar com ele com os lápis enfiados na guedelha, à maneira da Pebbles, a filha dos Flintstones.
Na aula de hoje, este canininho de uma das minhas turmas de 7.º ano respondeu, entusiasmado, quando perguntei se sabiam o significado de "patologia":
-  É a ciência que estuda os patos, Setora

domingo, 12 de outubro de 2014

Deve ser porque gosto de Legos

Vá de "construir" testes para aplicar aos alunos!
Pareço o Bob, o construtor...

Paz

Da janela do meu escritório, o quintal estende-se pelos canteiros, ciosamente arranjadinhos pelo meu pai. Vê-lo cuidar deles é, para mim, a paz e sinto saudades, antevendo quando ele cá não estiver...


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Citação

Numa aflição de breu
um farol grita luz, 
espera pelo dia
e depois sossega.
                                  Vítor Encarnação

São árvores, sim!

Caricata a fachada da igreja matriz de Samora Correia, com a sua figueira e a sua oliveira a penderem, caprichosas. 
Agora, com a requalificação do edifício, coloca-se a hipótese de as "desalojar", visto que afetam a sua estrutura. A população não quer. Eu também não. Não somos especialistas, olhamos para estas arvorezitas com o coração.

É possível sermos felizes

A Catarina é um vulcão!
Esta menina da minha escola é portadora de deficiência, sofre de Síndroma de Silver-Russel. Contudo, nunca a vi mal disposta. A sua carita rechonchuda rasga-se num sorriso permanente, faz-nos constantes "give me five" e manda-nos trabalhar, com a sua vozita ronfenha e estridente.
Hoje, fazia anos e deu-me um valente abracinho. Quando lhe perguntei pelo bolo, respondeu:
- Calma! Calma! Depois de cantarmos os parabéns! 
A Catarina é uma força da natureza, uma luzinha que nos faz entender a nossa pequenez e a necessidade de sermos humildes.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tempo

Afinal, as que, em novas, eram "giras e boas" também ganham rugas, pneus e cabelos brancos. Ah, pois é!... 

domingo, 5 de outubro de 2014

O homem que mata ratas por exaustão

E, diante de uma fabulosa grelhada mista de porco preto, acompanhada de uma perfeita couve salteada, dizia o meu primo N., um dos meus N. favoritos (e, já agora, dos meus primos favoritos, também), com o seu sotaque alentejano, delicioso:
-Mau, mau, foi quando me entrou uma ratazana lá para casa! Demorei que tempos para a conseguir apanhar! Tirei tudo dos armários da cozinha, desmontei portas, pus iscos, ratoeiras e nada! Só a ouvia de noite, quando estava no meu quarto e aparecia sempre qualquer coisa ratada, de manhã... Um dia, já estava mesmo desesperado, sentei-me no chão da cozinha, de vassoura na mão e vi-a sair lá de um cano! Olha, eu cá acho que foi por fraqueza. Já não havia comida em lado nenhum lá em casa e consegui dar-lhe uma vassourada! Matei-a!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Yogemos, então!

Comecei a yogar!
Há que tempos que andava para experimentar e foi desta: na passada quarta-feira fiz a minha primeira aula de yoga e hoje repeti.
Pareceu-se-me que todas as bolas que tenho nas costas se esticaram e dormi angelicamente, depois da primeira aula! Se os resultados são estes, já deveria ter iniciado esta prática há vários séculos!
Foi tão intenso que convidei a cria mais velha e ela foi comigo, hoje. Parece-me que ela também gostou e que quer continuar. Mais um pró a favor da "yogação"!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Vidas

Iniciaram-se as aulas. 
4 novas turmas:
- 3 sétimos anos;
- 1 nono ano (o melhor presente deste ano letivo).
Decididamente, não nasci para lecionar a miúdos tão pequeninos... Em duas das turmas (uma delas a minha direção de turma), tenho 30 almas na sala! Não há um único lugar livre! E eles falam por tudo e por nada e riem-se das alvarvidades mais idiotas e nem sequer posso ser sarcástica, porque eles não percebem! A outra turma de sétimo é composta por 18 repetentes e 2 alminhas integradas no ensino especial. São miúdos carentes, com uma péssima autoestima, habituados a não investirem neles. É claro que são a minha turma de "caganitos" preferida!
O nono ano é o meu consolo: inicio a semana com eles e termino-a do mesmo modo! Vou poder falar "adultês" e regá-los de literatura!

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Please!

Quando as minhas filhas eram pequenitas, organizava-lhes sempre gigantescas festas de anos. Enchia balões coloridos, pendurava festões e bandeirinhas, escolhia copos e pratos de papel com bonecos da Disney e vinham os meninos todos da sala delas. Geralmente, educadora e auxiliar acompanhavam as crianças, mas era sempre uma grande balburdia de cachopos a correr e a saltar, enfiando-se na lama a gritar de alegria.
O momento que vivo hoje parece-me, então, um dejá vu de antanho: tenho 7 jovens adultas, que aguardam o galo deste galinheiro, que chegará amanhã... 
A minha casa parece um acampamento cigano, não consigo que o frigorífico permaneça com a quantidade industrial de alimentos que carrego do supermercado, por todo o lado pipilam cantiguinhas, risadas, entusiasmos vários... 
Assim sendo, eu, senhora de provecta idade, necessitada do som do silêncio com alguma frequência, impus-lhes, contra a sua vontade, uma saídela aqui pelo burgo, em busca dos briosos ribatejanos garbosos!
   

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Humidades

Tirando o "pincel" de entrar e sair do carro com chapéus-de-chuvas molhados, até acho que o mundo ensopado tem muito mais encanto. O cheiro  a terra molhada, as cores mais intensas, o brilho das poças de água, o céu carregado... E com o calor a escorrer-nos pela água da chuva ainda nos sentimos mais... diferentes, vá. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Atentai bem na MEO e nas suas faturas!

Ora, já ando agastada com a MEO vai para dois meses e, eis se não quando, ao analisar DETALHADAMENTE a última fatura, me deparo com faturação dupla na internet, pagamento de equipamentos que já devolvi à empresa, chamadas locais que deveriam ser grátis... 
Vá de telefonar para o 16200 e arreganhar o dente, salientando a suspensão do débito direto, caso a fatura não fosse retificada! Foi e, então, de 65.57 euros, irei pagar 40.63! 
"ó gloria de mandar, ó vã cobiça"!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Uma questão de cor

Primavera é bem: os dias crescem, o tempo ameniza-se, os campos enchem-se de cor... Mas não há luz como a que anuncia o outono: doira-nos a alma! 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Falta de frescura

Sou um caderno quadriculado. A minha dona comprou-me o ano letivo passado para tomar notas nas várias reuniões em que tem de estar presente. Esta é a primeira do presente ano letivo. Parece que é uma reunião geral de professores, pelo menos está cá muita gente e estamos num local com muitas cadeiras. Lá fora está muito calor. Chegou tarde, a canícula, este ano e não vai ajudar o regresso aos afazeres iniciais costumeiros. 
A minha dona bem se abana com um leque azul às bolinhas brancas, mas o ar abafado agarra-se aos braços, às costas, à vontade. 
E o diretor lá enfatiza, bem salienta, aponta dados.
A minha folha aos quadradinhos enfeita-se de letras, números e sinais de pontuação rejuvenescidos. É o início de um novo ano letivo. 

sábado, 30 de agosto de 2014

Mariza - O Tempo Não Para

Atingi meio século de existência e  apercebo-me cada vez mais desta verdade.


Atentai na MEO!

Há praticamente um mês que ando nisto e, embora exausta, não me rendo!
A propósito de uma promoção na adesão ao M4O, a funcionária da MEO que me contactou pelo telefone informou-me que, afinal, não poderia beneficiar da referida promoção porque tinha duas linhas telefónicas na mesma morada! Pasmei. Quando? Porquê? Soube, então que, desde abril de 2011, momento em que tinha contratualizado o serviço MEO satélite me tinha sido ligada outra linha telefónica, pela qual estava a pagar, sem meu conhecimento. 
Depois de vários telefonemas, uma ida a uma loja MEO e mais de uma dezena de "colaboradores", consegui que, no dia 2 me seja cancelada a linha telefónica "a mais" e pela qual estava a pagar - ressalva: só por causa de um contacto direto de um amigo que trabalha na empresa consegui tudo isto, as conversas com todos os outros teriam resultado na ligação de outra linha telefónica se não me ponho a pau! Claro que também reclamei da dupla faturação e a resposta veio hoje e já fora do prazo dos 10 dias apregoados: uma senhorita informou-me, como se de uma esmola se tratasse, que iriam ser feitos acertos na minha fatura, para me ressarcir de 2 dias de dupla faturação!!! 
Não a insultei porque até sou uma mocinha com educação! E o que paguei a mais desde 2011? Impossível ser ressarcida desse montante:  não há reclamações anteriores. E como poderia eu reclamar de um facto que me lesava, mas que eu desconhecia? Devia ter atentado na fatura que indica 2 serviços, e passo a transcrever: um serviço internet ADSL 12Mb + telefone e outro Bundle 2P MEO total. Argumentei que para descodificar as 2 linhas telefónicas na fatura teria de ter feito uma formação na MEO, que a empresa estava a agir de má fé ao não assumir um erro, que, na minha opinião resultou em fraude. Que não, que expusesse o caso de novo, se quisesse.
Resta-me a DECO, a imprensa e as televisões e lá irei na próxima semana. A MEO pode até ter advogados e o raio que os parta, tudo XPTO, mas compraram uma briga e não sou mulher para fugir à luta!
Por isso, clientes da MEO satélite, sem formação na interpretação de faturas, atentai! Podem estar a ir-vos ao bolso!

domingo, 24 de agosto de 2014

Não fez doer nenhum!

E cá estou eu nos 50!
Ontem, dia do meu quinquagésimo aniversário, senti-me muito comovida e grata por tudo o que a vida me dá. Tenho ainda comigo os meus pais, com saúde (algo de que muito poucos amigos meus podem gabar-se); as minhas filhas são saudáveis e amam-me; os meus amigos estimam-me; sinto-me completa e realizada na minha vida profissional, que é estável e desafiante, enfim, sou uma senhora de meia idade feliz e com saúde!
Venham mais 50, por favor! 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Desafios

O banhoco de água gelada de hoje foi consequência de um desafio da C.
Fiz o respetivo donativo para a APELA e tentei a participação de mais 3 moços para a coisa.
Aquando do despejo do balde por mim abaixo, ouviam-se os gritos do meu pai:
- Tapa os ouvidos!
Ao abrir a porta de casa, começa a minha mãe:
- Vai já tomar um banho quente!
E pensar que faço 50 anos depois de amanhã...

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Filha amiguinha

- Olha, comprei aqui uma coisa mesmo boa para tu me ofereceres! - dizia-me a cria mais nova, no último telefonema de Andorra, onde está a passar férias.
- Desculpa?! Mas quem faz anos sou eu...
- Sim, mas isto é só uma lembrança. Na freeshop do aeroporto, o meu perfume preferido era 38 euros, lembras-te? Aqui, custou 26! Não foi uma boa compra? Não sou tua amiga?

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

50

Estou quase, quase a fazer 50 anos. Ao pensar nisso, apercebo-me de alguns factos:
- há uns tempos atrás, este número parecia-me muito distante;
- cheguei cá num ápice;
- sinto-me muito bem com esta idade, com o meu aspeto, com o meu intelecto;
- acho que valeu a pena chegar até aqui;
- o meu esqueleto é que me lixa; 
- sinto-me realizada em muitas das vertentes da minha vida.
Balanço: positivo.

domingo, 17 de agosto de 2014

O Clube dos Poetas Mortos

Revi a cena final do "Clube dos Poetas Mortos" e, mais uma vez, voltei a chorar. 
Robin Williams personificou o professor que muitos de nós almejam ser.  

Se me apetecer...

Férias é isto: faço, ou não; vou, ou não; acordo, ou não. Quem disse que temos de ir à praia? (Este verão, por sinal, ainda só fui uma vez à praia e, por sinal, com os miúdos que ganharam o concurso de "Melhor Leitor") Por que temos de fazer muitas coisas, comer muitas coisas, beber muitas coisas?
Estar tranquila, sem horários, sem condicionantes, em suma, agir se me apetecer é o âmago das férias.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A mais

Tenho tanto, imenso, mais que muito para lamentar sobre o Meo... Por ser a mais, impede-me a escrita. Vou ter de digerir antes de contar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O emplastro


Privilégios


E moi aussi

Numa das inúmeras lojas de comida, em Londres, eu e "mis" companheiras já estávamos na "selfiecaixa", a pagar. Parece que algo não correu bem e eu e a cria fomos chamadas para outra caixa com uma funcionária. Quando vou puxar da carteira para pagar, revolvo toda a mochila e não a encontro. Tiro tudo lá de dentro, grito pela filha, aproxima-se a amiga e, em pânico, sibilo:
-Não sei da minha carteira...
-Calma, mãe! Vamos procurar outra vez.
Já de boca ao lado, enfio a cabeça na mochila para mais uma investigação inglória e sinto uma estranheza na axila.
Era a carteira que, certamente por vontade própria, estava aconchegadinha debaixo do meu braço...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

sábado, 9 de agosto de 2014

Pode

Apetecia-nos um café e, como estávamos no aeroporto de Gatwick para a viagem de volta a casa, com as respetivas malas, eu fiquei sentadita numa das poucas mesa com alguns lugares vagos, enquanto a cria mais nova e a F. foram buscar as bebidas.
Na mesa, estavam também sentados um jovem com uns daqueles auscultadores modernaços, teclando energicamente num tablet e uma senhora, que escrevia primitivamente num caderno de apontamentos. E elas lá chegaram com os cafés, que bebemos tagarelando, a recordar os bons momentos recentes. Às tantas a F. precisou de abrir a sua mala e, no seu inglês tímido, afrancesado e hesitante, perguntou à senhora, apontando para o lugar vago entre as duas:
- Can I put this here?
- Pode. - respondeu ela sorrindo.
Eu e a cria explodimos numa risota e a F. só olhava para nós e para a senhora, alternadamente.
- O que foi? O que disse não estava bem? Como é que se diz?
Quando lhe explicámos que "pode" era a resposta ao seu pedido, mas dita em português, facto que ela ainda não tinha entendido, foi a vez dela se rir a bandeiras despregadas.
Querida F.!

Vermelho de qualidade


domingo, 3 de agosto de 2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Aniversário(s)

Conheço 3 pessoas, de idades diferentes, que fazem anos hoje.
Também hoje se evocou a morte da mãe de alguém que conheço.

"Começa-se a travar a incerta guerra"

Há momentos em que me apetecia ter fé. Acreditar em milagres, nunca perder a esperança, achar que há "alguém" que vela por nós, por mim.
O absurdo da faixa de Gaza, por exemplo, poderia ser resolvido por qualquer um dos deuses em confronto. Tanto se me dava que fosse através de Maomé ou de Moisés; afinal, ambos tem a mesma profissão. Certo, certo seria o sorriso das crianças de ambos os lados, a felicidade das mães encheria as ruas de brilho e, em vez de lágrimas e sofrimento, a sanidade da rotina evitaria as notícias. 
Já dizia o nosso poeta épico que o motivo de todas as guerras é a cobiça e a sua consequência é a morte. Em Gaza é também assim.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quero muito

um baloiço destes para o meu jardim!

terça-feira, 29 de julho de 2014

Recomendo


Conjugação verbal

Eu degusto
Nós degustamos
E daí, talvez seja só eu a degustar as minhas próprias e gostosas férias!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Citação

"Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles." - Victor Hugo

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Desencontros

Quadrilha

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história."

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 22 de julho de 2014

Já para não falar disto...


Gulodices da Beira Alta

Pastéis de Vouzela, Rotundinhas de Viseu, Pastéis de Feijão, Pastéis do Patronato, Viriatos...
E assim se arredondam as ancas de uma mulher!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

E eu conheci umas

O meu amigo Vítor Encarnação continua a deslumbrar os seus leitores, os seus amigos...



A vã excitação da poesia

Podiam vir as moças todas que ele tinha palavras para elas. E elas vinham assombrosas, etéreas, sonhadas, desejadas. Vinham com o cheiro dos outros, as línguas dos outros, as mãos dos outros, os braços dos outros. E elas vinham com mel nos ouvidos, marcas no pescoço, marmelada na boca, anéis oferecidos nos dedos. E vinham dos colos, vinham dos abraços, vinham de trás da escola. 
E quando elas chegavam, ele dava-lhes palavras, e elas gostavam muito das suas palavras, elas gostavam tanto que ele lhes desse palavras.
E ele, tonto, sabia tantas e tinha tantas para dar.
Era um bobo dizendo frases. Um malabarista de adjetivos. A letra de um fado. Uma cruz aos ombros. Um falsificador de amores de perdição. Era um canário cantando para os donos da gaiola. E as moças adoravam ouvir falar aquele pássaro preso, faziam-lhe festas no bico, afagavam-lhe as penas, mudavam- -lhe a água e depois, saciadas de palavras e da excitação da poesia, voltavam para as línguas dos outros atrás da escola.
E ele escolhia uma moça. Escolhia sempre a mais bela. Sem colo de carne ou mãos onde a pusesse, ela era feita de papel e todas as noites ele apenas lhe tocava com uma caneta de tinta de luto permanente.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Aves

Tenho um profundo repúdio por homens-pavões!
Quando os vejo, sinto vontade de cacarejar, pupilar, grasnar-lhes, sei lá, fazer-lhes perceber o quão ridículos e obviamente deprimentes eles estão a ser. Claro que se torna difícil tomar estas atitudes com alguém que pode, de alguma forma, condicionar a nossa vida profissional. A minha filha mais nova até me aconselha a mudar a voz, torná-la menos hostil, por exemplo. E ainda há quem ache que tenho qualidades dramáticas!

domingo, 13 de julho de 2014

sábado, 12 de julho de 2014

Quando eu morrer

... não poderei mais ver o verde das árvores, o voo dos pássaros, as cores do ocaso e da aurora, quem eu gosto...
Não sentirei mais o aroma da maresia, o cheiro a terra molhada, a erva cortada...
E, no entanto, já por cá terei andado e tudo já terá sido também meu, por instantes.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Alternativas

À época usavam-se dois nomes próprios e a minha madrinha queria chamar-me Carla Dora. Já o meu pai gostava mais de Maria dos Anjos ou Maria do Pilar.
Vá lá, safei-me...

Sem falsas modéstias

Foi na última reunião de departamento que comprovei que me admiro muito profissionalmente. Pessoalmente, ainda tenho algumas coisinhas que me dispensava, tais como a minha insegurança, a minha precipitação, o meu cepticismo, a minha frontalidade não seletiva, enfim, tantas coisinhas miúdas que me agastam... Agora, na minha profissão: posso não ter mestrado nenhum, preciso de estudar/conhecer ainda uma miríade de tudo, mas retiro muito prazer do que faço e acho que estou acima da média. 

terça-feira, 8 de julho de 2014

Pontes?


Ouvi os anjos entoando cânticos

Juro!
Terminei a classificação das provas de exame!

domingo, 6 de julho de 2014

O que rege agora a minha vida

No que respeita as provas de exame que estou a classificar, estou na reta da meta!
Estou cansada, stressada e agastada visto que a sinto como uma tarefa hercúlea e de muita responsabilidade. Já para não falar das tendinites que se estão a criar em meus membros superiores pelas horas de apagadelas que tenho executado!
Oh, pá!

sábado, 5 de julho de 2014

Desconhecimentos

Na caminhada matinal de hoje, contei com a companhia da cria mais nova. Se eu tivesse de qualificar este exercício físico de hoje, chamar-lhe-ia "silencioso" - a minha descendência não fala no período da manhã...
Contudo, em determinado momento, encontrámos uma andorinha juvenil, amagadinha junto de um arbusto num parque por onde passámos. Quando comentei com a filha que ela, certamente, morreria, na boca de um gato, a moça insurgiu-se, exigindo trazer o passaroco para casa.
- As andorinhas comem bichinhos, é muito difícil alimentá-las e ela acabará por morrer...
- Então, ao menos, coloca-a num sítio alto! Elas não conseguem levantar voo do chão!
Olhei admirada para a minha cria: as coisas que ela sabia!
- Como sabes isso?!
- Olha! Então porque pensas que elas fazem os ninhos nos beirais? Porque têm de se atirar, para voarem!
Num misto de estupfação e orgulho, peguei no bichinho e coloquei-o no alto de um tronco de árvore e viemos embora.
- Como sabes o que elas comem, mãe?
- Olha! Toda a gente sabe!
E foi a minha pequena vitória por desconhecer o modo das andorinhas voarem! 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

!

Tenho estado a "dizer" disparates no Facebook, com alguns amigos.
E divirto-me, pá!

Precisões

Apesar de agastante, classificar provas de exame com todo o tempo que nos foi dado não tem sido horrível.
Faço "férias" da escola, seja do espaço, seja do resto. Faço "férias" da escola, seja do espaço, seja do resto. Faço "férias" da escola, seja do espaço, seja do resto. 
Parece que estava mesmo precisada de "férias" da escola! 

sábado, 28 de junho de 2014

Máxima


Risco de ostracismo

Soube-me a boa disposição, a alegria, a são convívio, o almoço com antigos colegas autarcas. 
As festas da vila são o pretexto para o executivo da câmara juntar os amigos e outros num espaço lindíssimo, lá pelo burgo. Só o ano passado experimentei, mas fiquei muito fã e pedi para ser convidada, mais uma vez. E não fui defraudada!
Depois, a C. mostrou-me todo o acervo do museu municipal e delirei! Vim de lá repleta de História, de historias e de publicações da câmara, que folhei gulosamente... Gostei tanto e fiquei tão entusiasmada que me convenceram a ficar para ver a passagem do touro pelas ruas! Que o pessoal da minha cidade não saiba que ando a ver os touros de outras bandas ou serei ostracizada! 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Mãe, de novo

Último diálogo entre mim e mamãe, antes de eu subir a escada a grande velocidade para fugir dela, já sem paciência nenhuma:
- Hoje, tomei o comprimido que o cardiologista me deu porque estava com arritmias.
- Mas o comprimido é só para tomar de vez em quando?!
- Não, eu é que só tomei hoje. E tomei também outro que ele me receitou para fazer xixi e passei a manhã a correr para a casa de banho!
- Então, mas se foste ao cardiologista há já quase um mês, por que só começaste agora a tomar os medicamentos?!
- Então, eu é que sei quando devo tomá-los! Eu é que me sinto! O corpo é meu!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Ocupações

Estive 2 minutos no Facebook e não vomitei porque me mudei para aqui!
Até parece que a seleção passaria de fase!
Mas, não vou falar de futebol. Não!
Classificação das provas finais de português? Não!
Escola? Depois.
Família? 'Tá bem: a minha mãe anda a fazer acupunctura. Uma amiga deu-lhe o contacto deste terapeuta e ela lá vai, religiosamente, todas as semanas. Se está melhor? Claro que não, mas assim tem a total atenção do meu pai naquele bocadinho de tempo em que lá vai com ela, sai de casa pelo menos uma vez por semana e tem ocasião de mostrar todo o seu bom humor a um estranho que lhe está a espetar agulhas minuciosa e calmamente - o seu bom humor só vem ao de cima com estranhos ou pessoas que ela não vê há mais de um ano.
Como também tem de ir ao posto médico para fazer o penso de uma biopsia a um sinal na cara, a que foi sujeita na segunda-feira, dizia-me ontem assim:
- Agora, com esta coisa do penso, tenho as tardes todas empatadas!
E eu até sei o que a está a transtornar: assim as sestas ficam comprometidas.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sem assunto

Lá na escola, hoje conviveu-se ao almoço, à volta das sardinhas e da chicha. 
O pessoal fazia fila para se servir e dizia um colega para outro:
- O Gana havia de não comparecer ao jogo de amanhã, porque assim já ganhávamos 3-0 e a Alemanha só precisava de ganhar 2-0 aos Estados Unidos!
- E para que queres tu que passemos aos quartos de final? - pergunto eu, cética e já sem paciência.
- Sim, pois... Realmente...
Proponho, então:
- Oh, pá, falemos de escola, da crise, que são temas tão pouco explorados pelos professores!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Memórias

No sábado participei alegremente numa "Saída Só De Gajas".
E foi assim:compras, almoço, compras, Baixa pombalina, jantar, teatro. Diverti-me imenso, com a S., a F., a A. e a L., apesar da dose excessiva de compras.  
Encontrámos meio mundo na capital - "manifes" contra o governo e pró homossexualidade/bissexualidade e todo um piquenicão, recheado de Tony Carreira (corri o risco de ser arrastada para o concerto, senhores!). Vimos famosos e anónimos, ladrões declarados e dos outros, vendilhões de drogas e dos outros.
Contextualizo apenas pelo facto de termos estacionado o carro em frente ao prédio onde morou um dos meus namorados de juventude, visto que fomos para a Baixa de metro. O local está na mesma, apesar do mau estado da construção; pareço eu...
Não interessa, vi-me por lá, há 30 anos atrás, quando um pretendente com carro (coisa rara na altura!) me ia buscar a casa do namorado oficial. Agora, não me lembro se o pretendente sabia do namorado oficial...
E era tão bom!...

Mea culpa!

O dilúvio de hoje fez-me lembrar a minha "desvontade" de classificar exames: ambos foram assustadoramente intensos! A pontos de ainda por aqui andar. A "desvontade", não o dilúvio.

domingo, 22 de junho de 2014

A carne é fraca

Deambulo pela casa, entretendo-me com minudências, fazendo de conta que quero muito aproximar-me da mesa da sala de jantar, onde jazem as provas de exame, que tenho de classificar.
Após um dia de lazer como o de ontem, cabia à minha sensatez recuperar algum do tempo de classificação, visto que também amanhã os meus afazeres não o permitirão... Nem arrumar gavetas me apeteceu! Vi televisão indiscriminadamente (!), adormeci no sofá, ...
Sou tão fraquinha!... 

sexta-feira, 20 de junho de 2014

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Empanturremo-nos


Por falar em aromas...

Descobri este

Preferidos

Estive a fazer pão de sementes e o odor a pão fresco espalhou-se pela casa. Assim, descobri que este é, também, um dos meus aromas favoritos.


Provas

Os meus carrapetos lá fizeram exame. Atenção, esta constatação só aconteceu agora porque tive o PC requisitado pela cria mais nova que esteve em nosso lar todos estes dias, a desarrumar divisões da casa e a estudar.
Voltando à temática supracitada, foi do senso comum uma visão otimista da prova, até porque não saiu Os Lusíadas/Auto da Barca do Inferno. Alguns miúdos estavam algo agastados com este facto e eu partilho da sua agastura. Afinal, um terço do ciclo de estudos sujeito a avaliação foi dispensado e o investimento por eles feito revelou-se inglório.
A cereja no topo do bolo: fui presenteada com 40 provas para classificar, que fui levantar ontem.
De modos que considero esta fase das nossas vidas bastante... examinada.

domingo, 15 de junho de 2014

Elogio ao Amor- Miguel Esteves Cardoso

Quando é assim, é... assim. Grande MEC!

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão.
Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado.
Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido....Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.
A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje.
Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.
O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.
Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir.
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.
E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso

sábado, 14 de junho de 2014

Eça de Queirós

Há pouco, nas notícias, a propósito de uma empresa que dinamiza percursos em Lisboa com referências literárias, vi e ouvi uma cidadã espanhola a tentar dizer "Eça de Queirós". A piquena, para além de ter bom aspeto, foi humilde e confessou que não era capaz de pronunciar o nome do nosso Eça. Foi tão difícil para ela como está a ser para mim tentar reproduzir o que ela disse.
Vou ser humilde também e reconhecer que não sou capaz...

Caminhos


Falso boato

As temperaturas vão descer.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Calor bom... (!!!)

O calor estupidificante de hoje foi maravilhoso porque tomei banhões na minha praia!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Tenacidade

Pelo menos, de falta de coerência este governo não pode ser acusado: os cortes nos ordenados são para manter independentemente das indicações do tribunal, malgré tout!
É assim "mêmo! 

Véspera de final de ano

Logo, irei ver 2 das minhas turmas participarem na festa de encerramento do ano letivo.
Foi uma ano "santo" e vou ter, já tenho muitas saudades...
Oh, pronto, agora fiquei melancólica!...

domingo, 8 de junho de 2014

Pasmos

Surpreendo-me com alguns factos, a saber:
- a diferença abissal entre pais e filhos, no que respeita a valores, formas de estar na vida, gostos;
- o facto de os genes influenciarem muito mais o físico do que o mental;
- a minha desorientação perante as surpresas anteriores;
- a minha tristeza e revolta perante os sobressaltos supracitados.

Pobres de nós!...

Época absolutamente horrível para docentes é esta que atravessamos! 
E não falo dos cortes nos ordenados nem nada. O excesso de trabalho com que somos sobrecarregados é inversamente proporcional ao ciclo de estudos. Parece mentira, mas os colegas de 1.º e 2.º ciclos, para além de continuarem a dar as suas aulas comme d'habitude (com a consequente preparação e o histerismo de encerramento de ano típico dos alunos), tiveram de corrigir testes/trabalhos para poderem atribuir as suas classificações finais e TIVERAM DE CORRIGIR EXAMES!!!
Pois é, milhares de pobres almas levaram para suas casas entre 40 e 50 provas para classificarem. Sem desprimor para os colegas de matemática, ninguém imagina a pinceleira que é corrigir exames de português! Ele é a contagem das palavras, ele é a identificação do tipo de erros para o respetivo desconto, ele a colocação do aluno em cada perfil de proficiência para cada parâmetro de avaliação de expressão escrita... 
A cereja no topo do bolo? Reuniões de avaliação ao final do dia!
É a loucura!
Só damos aulas, dizem alguns... Sim...

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Depois de uma crise económica, venham mais crises!

Ele é o PS que anda à nora, com a candidatura do outro a secretário-geral; ele é Espanha que anda à nora com a abdicação do rei...
Estou curiosa para saber qual será a próxima crise política.

Dia Mundial da Criança

Ofereci à minha criança mais nova, no dia comemorativo da sua infância, um "Kinder-surpresa".
O brinquedo-brinde foi um carrinho. Apropriadíssimo!

Mais uma constatação

Ultimamente, a etiqueta mais usada nas minhas publicações é "prazeres".
Hum! 

2 em 1

Os primos vieram cá passar o fim-de-semana. Assim, pude aliar o gosto de os ter cá à permissão de não trabalhar.
E foi ótimo!

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Detox

Diz quem sabe que sonhar "purga" o nosso cérebro.
Ora, fazendo o paralelismo com os outros métodos de desintoxicação, fico a pensar no "ardor" por vezes dele resultante...
Hum! Vou pensar noutra coisa.

Dia ocupado

Muntos mandados andê fazendo hoje!
(publicação redigida em alentejano)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Vernissage

Hoje, inaugurámos a época caracoleira.
Não estavam fabulosos, mas já nos comprometem a voltar.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Big brother

Casa de alguém com muito medo de ser assaltado?
Pessoa com a mania de perseguição?
Posto fronteiriço de um país totalitário?

Não! É somente uma loja do ramo...

Basta um sorriso

Amanhã é feriado municipal.
...
Só consigo sorrir...

domingo, 25 de maio de 2014

(Des)Eleições

Vitória da extrema-direita em França.
Por cá, ganhou o partido de António José Seguro. Pois. Vamos acreditar que Francisco Assis tem menos características-alforrecas do que o seu líder.
Dizem os doutos que o governo e o presidente da república deveriam tirar ilações.  Pois. Às tantas deviam.
E o que pensar de mais uma inquestionável vitória da Abstenção? Escolher um não-rumo será mesmo o rumo certo?
Parece que Marinho Pinto será eleito. Sorte Alberto João jardim não se ter candidatado ou seria eleito, pela certa.
Ah, e parece que na Grécia ganhou a extrema-esquerda. Pois. 

Estou "desocervada"!

Dias a corrigir testes. Intervalava com tarefas domésticas, compras, bolachas, chocolates. Aliás, os doces revelaram-se fundamentais para a minha sanidade mental. Os resultados dos miúdos foram... abomináveis! Senti uma "tristura" tão grande... Nem parece que dei aulas, neste último mês...
Será possível "desaprender" de uma forma tão evidente? Ou, então, nunca lá morou, aquele conhecimento. Seguindo uma metodologia aconselhada para estes casos, eu, agora, teria de implementar estratégias de remediação para os preparar para o exame. Mas, e o resto dos conteúdos? Também fazem falta para a prova final...
Detesto lecionar uma disciplina submetida a exame! Se não tivesse essa condicionante, poderia fazer coisas tão giras com os miúdos... 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

domingo, 18 de maio de 2014

Obrigada!

Foi um maravilhoso fim-de-semana, em Viseu, proporcionado pela A.


quarta-feira, 14 de maio de 2014

(Des)sonho

Sonho de uma intensidade absurda, que, incompreensivelmente,  ainda me arrepia quando o vislumbro, foi o que tive esta noite. Bem, para ser exata, foi sobre a manhã; só assim me é possível recordá-lo com tanto detalhe. 
Passou-se na casa da família do meu pai, um casarão antiquíssimo, na rua principal lá do sítio, com frescos nas paredes de algumas divisões. A casa foi vendida, claro. Herdeiros a mais com dinheiro a menos. Não pude ficar com ela pelo motivo expresso ainda agorinha. Quando não, ficaria, claro. Sempre que lá passo recordo o carinho da minha avó-tia Maria (o meu pai foi criado por ela, em casa do seu avô paterno - os mimos de avó foram todos dados por ela e não pela mãe do meu pai) que me fazia um soberbo arroz doce e, como sabia que o preferia morno e na ausência de micro-ondas, o aquecia em banho-maria. Tanta saudade, minha querida...
Pois no meu sonho, o atual dono da nossa casa (será sempre, sempre a nossa casa...) mostrava-me as remodelações e eu pasmava, sofria com elas, doendo-me as memórias. Até que acordei.
Mas todo o dia tenho mastigado esse sonho, que me magoa.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Inspiração (muitíssimo) limitada

Nestas fases de trabalho excessivo, a minha criatividade resume-se a 
corrigir;
cotações;
erro; 
...
e confesso que para referir a última palavra já tive de pensar uns bons 2 minutos!...

domingo, 11 de maio de 2014

E chorei

... com um texto livre de uma cachopa da minha direção de turma, a quem eu tenho dado nas orelhas como se não houvesse amanhã!
São palavras de bem, de otimismo e que me fazem acredita nisto tudo, gaita!

sábado, 10 de maio de 2014

Dúvida

Por que raio anda toda a gente a estender os beiços e a fingir que dá beijos nas fotos publicadas no facebook?

terça-feira, 6 de maio de 2014

Nova constatação

Ando a qualificar muito as coisas!

Macondo no Alentejo

Absolutamente sublime!

domingo, 4 de maio de 2014

sexta-feira, 2 de maio de 2014

São como as cerejas

Um querido colega, quase amigo de há anos, publicou no Facebook umas fotos "bué, bué" antigas, de uma viagem de finalistas de 9.º ano, que aconteceu a Maiorca, em 2000 e na qual participei.
Foi um misto de emoções, para nós professores e para os "miúdos", recordando detalhes, explicando o inexplicável de então, em que foram aparecendo ex-alunos dos quais já não tinha notícias "long time a a go"! E um era amigo do outro, que conhece aquele, que está cá ou emigrado, todos saudosos, todos unidos pela alegria de nos termos "reencontrado".
Ainda duram os comentários. São como as cerejas.

Paradoxo

E hoje, ao enxaguar a sessão com o Dr. F., conclui: se eu sou assim tão fantástica como ele me quer fazer querer/crer, por que é que raio lá estou? Hum?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Felicidade

Fui deliciosamente feliz, aqui, na minha juventude.

Pecado absurdamente delicioso


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Tenho que aqui estar

Reunião de departamento: enquanto alguém toma a palavra, uns murmuram; outros abanam a cabeça; há mesmo alguns que trocam risadinhas...
E é isto.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Inês de Castro

Realmente, as turmas são tão diferentes umas das outras...
Hoje, numa das aulas de conclusão da análise do episódio de "Inês de Castro", d' Os Lusíadas, dei por mim a visualizar a imagem literal de "No colo de alabastro, que sustinha/ As obras com que Amor matou de amores/ Aquele que despois a fez rainha" e largo-me a rir. Os miúdos, porque não perceberam o motivo do meu riso, ficaram mudos e quedos, a olhar para mim, congeminando, certamente, se eu seria efetivamente doida ou apenas louca... 
Tive de parar, pedir desculpa e rir apenas com o pensamento.
Se tivesse acontecido na turma que tive a seguir, eles ririam também, compreenderiam e só me achariam uma setora de imaginação fértil!

domingo, 27 de abril de 2014

Aniversário importante

Hoje, uma moça, que eu prezo e em quem eu considero que consegui semear um restinho de mim, faz anos.
Deixo-lhe
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada coisa a Lua toda
Brilha, porque alta vive.
a
Ricardo Reis (heterónimo de Fernando Pessoa)

Beijo grande, minha R!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Uma gaivota voava voava...



E, nesta época, do alto dos meus 9 anos, achava extraordinário o clima de euforia que se vivia e cantava esta gaivota, que sabia de cor, sem nunca me aperceber que um punhado de homens bons me estava proporcionar o maior de todos os bens: a liberdade.
Viva o 25 de Abril!

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mixórdia de Temáticas - 23-04-2014 (Vamos evitar certos esfregares)



Nem de propósito! No outro dia, num supermercado, chega uma jeitosa atrás de mim, repleta de compras nos braços e começa a depositá-las no tapete da caixa, antes de eu ter tempo/espaço para pôr as minhas. Comecei por olhá-la de atravesso e, como não se mancou, pedi-lhe que esperasse, que ainda tinha coisas para pôr no tapete e que eu não queria incomodar a senhora que estava à minha frente.
- Olha! E não tem espaço? Isto agora vai para a frente! Armada em arrogante! Gosto mesmo de gente arrogante!
Como lhe pedi para ter calma que não a estava a insultar, estávamos só a conversar, replicou:
- Parece mentira! Armada em arrogante! Eu é que sou uma pessoa calma! Só visto!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Privilégios

Ah, de volta à rotina ocupada!... Sim, porque também temos a nossa rotina desocupada. Estou a pensar em qual delas prefiro... Este ano, gosto igualmente das duas. E isto é maravilhoso! Não ir contrariada para a escola, pensar em tarefas que lhes desenvolvam competências e os motivem para a aprendizagem, vê-los questionar o que lhes dizemos, levá-los a admirar Camões, Pessoa, Eça...
Foi preciso não ter tudo isto para comprovar que "isto" é o que quero fazer no meu "para sempre"! 

domingo, 20 de abril de 2014

As mulheres do Alentejo sofrem de pé

Quando estive com uma prima, afastada mas cara, a semana passada, comentei com ela que, aquando do funeral da sua mãe o ano transacto, me impressionou bastante algo que presenciei no cemitério. 
Contei-lhe, então, que estive mesmo para ir junto dela, passar-lhe o braço por cima dos ombros, quando estávamos junto da cova da mãe dela e a vi só, a engolir as lágrimas, torcendo o lenço abandonado nos dedos das mãos. O marido estava ao portão do cemitério e o pai - que nunca viveu com ela nem a acompanhou em momento algum, mas fez questão de ir ao funeral da ex-mulher - encontrava-se uns metros atrás, comentando algo, num tom de voz que rondava o incómodo para aquela situação. Como é filha única e a sua única filha tinha partido para França havia pouco tempo e estava grávida de uns bons meses, pelo que não pôde comparecer no funeral da avó, esta minha prima pareceu-me ali, naquele instante, o próprio rosto da solidão e já me dirigia a ela, quando uma tia, mulher de um seu tio, que vive no norte e raramente a vê, a enlaçou também e lhe murmurou palavras de consolo ao ouvido. 
Fiquei muda e queda. Aquela tia, decerto tão afastada como eu, sentindo também, contudo, tal como eu o seu desamparo, fez o que os seus mais próximos não ousaram fazer. Talvez porque são homens. Talvez porque ela mostrava uma conformação absurdamente banal. 
Quando lhe referi, a semana passada, tudo isto, olhou-me com olhos surpresos, pensou um pouco, depois de os baixar para as os dedos das mãos cruzadas e disse:
-Ah, isso não teve importância nenhuma...

sábado, 19 de abril de 2014

Há dias assim

Sendo uma época festiva, apetece-me ... festa!
Sem fundos, limito-me a ... caminhar com a caganita...
Oh, pobreza!
Sendo uma época festiva, apetece-me ... comidas calóricas e doces, muiiiitos doces!
Com gordurinhas acumuladas desde há várias semanas, limito-me à loucura de metades de broas que trouxe das Alcáçovas...
Oh, obesidade!