Vamos lá contrariar

Apesar das perspectivas, um 2011 em GRANDE!

Péssimo, péssimo...

Se eu já detestava o Natal, então o que passou há-de ficar no top dos péssimos:

- mamãe doente de cama;

- eu fui designada cozinheira e arrumadeira de serviço;

- a filha mais nova estava com o pai.

A minha consolação: falta um ano inteirinho para o próximo!

Por atacado

Não tenho noção do número exacto de actas e respectivos anexos que li hoje. O mau humor foi crescendo exponencialmente e, ao fim do dia, já quase me babava de cansaço...

1.ª intenção de ano novo: fazer um manual de instruções para actas e anexos!

Mas a extenuação iniciou-se logo na segunda-feira, de manhã, com a aquisição dos alimentos para o nosso jantar de Natal, que foi simpático e concorrido, mas que fez sofrer a minha "carrocinha", atafulhada de legumes, mercearias, guloseimas e bebidas. De tarde, consegui o inusitado de encher o jipe do meu pai, já com os bancos de trás rebatidos, com todas as "materocalhas" que a minha filha mais velha foi transportando, em ano e meio, para o seu quarto de universitária e que abandonou, para iniciar nova etapa na sua vida estudantil.

Sim, sim, estou viva! Ligeiramente, mas estou.

Ah, malvados!

Graças à medicação e ao facto de fazer uma alimentação cuidada, o colesterol está com valores muito simpáticos. Então e os triglicéridos, esses malvados? Pois, descobri que estão todos inflamados, altíssimos! Haja paciência!

E é Natal!

Eu nem gosto da quadra que se aproxima, mas não posso deixar de salientar os dotes artísticos dos meus colegas, na preparação do concerto de Natal da minha escola.

Feriado só meu

Gostei tanto das semanas anteriores terem um feriado à 4.ª feira que decidi trocar a minha folga para hoje!

Foi óptimo!

Mais uma vez, graças ao empenho e qualidades de um grupo de docentes da minha escola e ao talento dos nossos alunos, fomos brindados com um espectáculo bonito, intenso e comovente. Obrigada.

Foi bom!

Foi tão simpático e agradável o jantar de Natal, organizado pelo PSD do meu concelho, e que teve lugar na sexta-feira!

Para além da presença de bons amigos, também convivemos com o Professor Marcelo Rebelo de Sousa (magnífico comunicador!), com o mestre Rui de Carvalho, um grande ser humano, com o seu filho, João de Carvalho, com o meu companheiro na Assembleia Municipal, Tozé Martinho e muitos outros, menos conhecidos, mas igualmente importantes no evento.

Mais que um jantar de Natal, mais que um convívio político, realço a boa disposição e o privilégio de ter podido contactar com tão ilustres convidados.

Citação

Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.

Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.

Tudo o que faço ou medito

Autor: Fernando Pessoa

PDI

Quando a PDI começa a manifestar-se com uma frequência exageradamente frequente, é sinal de que estamos a ficar velhos?

Hoje, esqueci-me de dar um recadão ao chefe, só me lembrei depois dele ter ido embora e ter tropeçado no papelão onde escrevi tudo para não me esquecer (?).

Uns comprimidinhos, não?

Reencontros

Ontem, tive o prazer de ir almoçar com a S., minha colega e amiga, com quem já não estava há 12 anos! Foi sentido o abraço que demos à chegada e à partida. A empatia não se explica, sente-se e pronto. Não é por passarmos tantos anos sem nos vermos que vamos deixar de ter prazer na companhia das pessoas. Este facto foi comprovado novamente, hoje, quando fui encontrar-me com a C. e a A., minhas companheiras de faculdade. Na C., ainda tropeço numa ou noutra reunião na DREL, mas já não estava com a A. também há 12 anos, que foi quando fui ao casamento dela. Recordámos uns e outras, demos conta das nossas vidas e rimos, rimos que nem umas desalmadas dos disparates que íamos dizendo alternadamente!

São momentos assim que aconchegam a alma.

Prima-avó, uma ova!

O meu primo R. vai ser pai! Consequentemente, a sua mulher, a D., vai ser mãe. Pois.

Ele é "só" 19 anos mais novo que eu e, se calhar, já está na altura. Estou contente, mas não achei muita graça quando a sua mãe, minha tia, que é tia-avó das minhas filhas, me apelidou de "prima-avó" do rebento que vai nascer.

Até parece que isso existe, "prima-avó"!

Apólogo

Tenho um saco-cama com mais de 20 anos. O padrão do tecido é bastante kitch, assim uma paisagem com camelos, a caminhar para um oásis, mas continua em bom estado e com o fecho-eclair a correr na perfeição! Se este saco-cama falasse, tanto que ele contaria... Foi com ele que me tapei no campismo, que me enrosquei ao longo dos anos, nas noites frias de Inverno e até o emprestei uma vez a um moçoilo por quem estava apaixonada e impedi a minha mãe de lavá-lo durante o máximo de tempo possível! Achava eu que o teria mais próximo de mim, se me tapasse com o saco-cama, que já estava a ficar um pouco seboso!

OK, essa fase já passou, tá? O saco-cama, agora, continua a desempenhar o seu papel, mas sempre lavadinho.

Não

E ele pensou assim:

"E se ela agora ligasse? Ouvir de novo a sua voz..."

Mas, depois, a realidade esmagou aquele pensamento. E porque haveria ela de ligar? Ela tinha a sua vida e não o queria lá.

Frescura

Com a época "mais fresca" inaugurada, foi altura de ir buscar os cestos para a lenha, pôr lençóis de flanela na caminha, acender a salamandra (a lareira ainda não, que é insuportável de limpar...), ligar o acumulador (objecto mágico que eu não imaginava que existia, até uma amiga me oferecer um. Grande, grande amiga!) e, debaixo do edredon, passá-lo meticulosamente para um lado e para o outro, conforme o grau de arrefecimento corporal.

A grande gaita é o transporte da lenha para o primeiro andar...

"Animacion!"

O que eu me diverti hoje, no Clube do Teatro da minha escola! Jogos de concentração animadíssimos que permitiram interacções entre todos, tornam as sessões muito dinâmicas. Quem sabe se não se descobrem ali grandes talentos?

Silampos

Há alturas em que me parece que, em vez de filhas, pari panelas de pressão. Uma porque tem muito que fazer, outra porque não quer fazer nada! E vá de sopros! Como se diz no norte, "bufam" que nem umas desalmadas!

Inclusiva?!

A escola inclusiva pode ter pressupostos muito bonitos, mas o facto é que a sua exequibilidade deixa muito a desejar, com os meios que são colocados à nossa disposição. Não saber como lidar com uma criança, cuja doença é rara ao ponto de atingir apenas 100 pessoas no mundo, transmite uma sensação de impotência e revolta, só compreendida pelos que lidam de perto com a situação. Ver alunos cujo desenvolvimento cognitivo não acompanha o ritmo dos colegas nem de perto nem de longe e não lhes poder dar a atenção, que tem de ser repartida, pelo menos, por outros 20, é insuportavelmente frustrante. Nada poder fazer àquelas crianças e jovens que, em momentos de maior tensão, mordem, pontapeiam e agridem quem junto deles passa, independentemente da idade, revolta e faz-nos questionar se vale a pena pôr em perigo toda uma comunidade escolar com o objecto de fingir incluir um aluno no sistema.

É tão simples!

Falar com os amigos, pessoalmente ou pelo telefone, ainda que por períodos de tempo inferiores aos necessários para matar as saudades, é apaziguador.

Amigos caros levam-se a locais agradáveis para almoçar, onde se partilha um copo e, entre uma deliciosa garfada e uma cumplicidade, sentimo-nos bem juntos e gratos pela amizade nos permitir esse bem-estar. Não sendo possível comungar um repasto, é pelo telefone que se relembra o som da sua voz, as pausas, os risos verdadeiros, que só existem entre pessoas que se estimam.

E ainda bem!

Citação

"Mas de repente voltas
numa dor de esperança sem razão de ser
da sua indiferença
agressivamente as coisas saem" - Alexandre O'Neill

Já cá não estão

Vendo as multidões a florirem os cemitérios, segundo a tradição católica, para homenagear os seus mortos, embora não sendo católica, bateu uma saudade dos meus.

Foi no Dia das Bruxas

Faz hoje 7 anos que me divorciei. O facto de ser no Dia das Bruxas (tradição estrangeira, que não faz sentido nenhum para nós!), também me impede de esquecer a data. Não há motivo para comemorações, um divórcio é a certidão de óbito de um casamento. Ele até podia ter morrido numa data anterior, tal como alguns defuntos, mas a confirmação da necessidade do enterrar vem com aquelas assinaturas. O meu divórcio está a ser ainda mais difícil do que o casamento, o que me deixa ainda mais agastada com todo o processo. E falo do enamoramento, da decisão de casar, da vivência em comum e do seu desgaste, que culminou nesta situação. Provavelmente, as expectativas que criei para aquela pessoa foram muito superiores ao seu carácter. Seja por isso ou por outros factores, o divórcio é a morte de uma relação na qual se investe muito e traz muito sofrimento aos directamente envolvidos, cônjuges e filhos, se os houver.

Revivalismo

A revista "Visão" oferece, na edição de hoje, um CD de temas de filmes. O que eu me diverti com a minha filha mais nova a cantar e dançar quase todas! Voltei à minha adolescência com o Staying' Alive e o She's The One That I Want, do Travolta, recordando o seu maneio de ancas e penteado armado; emocionei-me com Over The Raynbow e Unchained Melody; mas, mais importante, foi a "taralhoquice" de trautear e esbracejar animadamente com a cachopa, que entrou na onda.

Citação

"As mais belas qualidades tornam-se inúteis, quando a força do carácter as não sustenta." - Théophile Gautier

Mea culpa

Filha mais velha:

- Ó mãe, não percebo! Com um mundo tão mau e sem perspectivas, porque é que não me perguntaste se eu queria nascer?!

Indisposição

Cada vez que oiço falar no orçamento do estado dá-me ânsias.

Viver

Ao pensar em todas as coisas que fiz hoje, senti-me plena. Não, não escrevi um livro, nem salvei ninguém da morte. Tive a felicidade de não parar, concluindo tarefas com diferentes graus de satisfação. Ri, agastei-me, descontraí, resolvi problemas, meus e alheios, comi alimentos saudáveis e outros nem por isso, nadei, recusei fazer o que não me apetecia, enfim, vivi.

(Também passei pelas brasas quando me enrosquei no meu sofá, ao fim do dia, porque me apeteceu!)

Pequenitas

- Os meus papás comemoraram ontem 47 anos de matrimónio; é obra!
- Os últimos dias, lá na escola, têm sido de loucos; lá se encavalitou o stress no sítio do costume!
- 4 colegas foram, em serviço, à Turquia e 2 delas foram presas por engano; falem-me em ir à Turquia, falem!
- A mãe e a cria mais nova apanharam aquela virose que estafega o aparelho digestivo; vá de dietas!
Sim, sim, 'tá tudo bem!

Ai, ui, ai, ai, ui!

Já não posso com uma gata pelo pelo rabo! Então não querem lá ver que começo a sentir o peso da idade de forma muito acentuada?! Andei com o meu primo R. a pintar a sala de jantar, a cozinha e a marquise (quem me manda ter marquise?!) e fiquei derreada! É certo que as pinturas também implicam limpeza das miríades de louça e copos e tarecos, bem como janelas e chão e tudo, mas estas tarefas, para mim, eram canja! Era tão mais fácil se eu gostasse de viver na sujidade... E para que raio quero eu tanto serviço e tanta coisa? Deve ser só para os limpar, de tempos a tempos.

Agradecimento

No sábado, emocionei-me a valer. Os alunos de uma das minhas turmas de 9.º ano, em 1994/95, organizaram um jantar convívio. Foram meus alunos desde o 7.º ao 9.º e constituíam um grupo de maus alunos, mas bons miúdos. Encontrava alguns por aí, de vez em quando, mas vê-los ali, homens e mulheres, alguns acompanhados dos filhos e dos cônjuges, quase me pôs a chorar. Comungámos sentimentos de saudade, de amizade, de camaradagem, só possíveis numa relação como a que acontece entre o professor e os seus alunos, uma relação construída dia a dia, repleta de momentos bons e maus, de avanços e retrocessos, de vitórias e derrotas, mas de muita partilha e nunca perdendo de vista o objectivo comum: o crescimento - dos jovens e do saber. Obrigada a todos os meus alunos, que são uma das razões da minha alegria de viver.

(Quase) Finalmente!

Uma amiga atenciosa e querida fez o favor de me contar que, hoje, foi, finalmente, realizado um simulacro no edifício da Câmara Municipal. Velha luta de há anos, o vereador do pelouro já não me pode ouvir falar do assunto... Fico contente por ter sido dado este passo em prol da segurança das nossas populações, mas ainda faltam os simulacros de todos os outros espaços públicos!

100 anos

Hoje, comemora-se o centenário da república. Ontem, ouvi alguém dizer na televisão: "Com a república, deixámos de ser súbditos para passar a ser cidadãos". Parece-me que resume a importância deste regime.

Felicidades

De regresso de um seminário sobre (in)disciplina, tema muito caro a qualquer professor, onde ouvi uma das oradoras apresentar-se como sendo uma pessoa feliz, tendo também referido que vivemos num eterno presente. Fantástica! É raro alguém admitir ou sequer apresentar-se como sendo feliz e, embora concorde com ela acerca do "eterno presente", não consigo não recordar o passado, quando o tema é indisciplina. Então e não é que, no caminho para meu lar, parei na bomba de gasolina e encontrei um dos alunos mais indiciplinados do meu percurso e que mais trabalho me deu, enquanto directora de turma? Mas foi com um carinho imenso que ele me abraçou e me deu um beijo e vi ternura genuína no seu sorriso, fazendo-me acreditar que "vale sempre a pena quando a alma não é pequena"!

E, a propósito de felicidade, quando cheguei a casa, tinha um papelinho em cima da mesa da cozinha, redigido pela minha filha mais velha, que não é nada destas coisas, e que escreveu ao partir para a sua vidinha de universitária: "mãe, amo-te muito".

Portanto, se me perguntarem quem sou eu, vou também apresentar-me como uma mulher feliz!

Missão cumprida!

Têm sido semanas intensíssimas. Aliado ao sempre extenuante lançamento do ano lectivo (que aconteceu mais cedo), a comissão permanente que coordeno na Assembleia Municipal decidiu organizar um seminário que ajudasse a esclarecer as dúvidas e a resolver as dificuldades do movimento associativo do nosso concelho. Convidámos oradores de grande qualidade, conseguimos o apoio dos alunos de hotelaria para a confecção do buffet fantástico, que decorreu no intervalo, convidámos todos os interessados, mas corríamos o risco de ser um fiasco, por falta de freguesia. Não foi, tivemos o local compostinho, o público pareceu satisfeito e todos ficámos com a sensação de missão cumprida. A política autárquica pode colaborar bastante para este sentimento de contribuição para o bem comum. E isso faz-me bem.

Realidade

De volta a 2010 e às preocupações rotineiras, a minha cervical (a tal estaferma e enferma) melhorou. Talvez tenha sido consequência da tortura da mesoterapia, mas estou convencida que o médico tinha razão quando diagnosticou que era do stress. Então não é que esse malvadão do stress se encavalitou na minha cervical e me atormentou dias e dias a fio? Graças aos relaxantes musculares, ao belo do Xanax e à natação que retomei, tenho sentido o estuporado a tentar desmontar-se do meu frágil pescocinho e a atormentar somente o meu espírito, que nunca deixa de lado as miríades de tarefas agendadas e desagendadas.

Já tinha ouvido que o stress podia afectar o coração, o cérebro, as pernicas também, vá; agora encarrapitar-se no meu pescoço e cutucar os músculos da omoplatas, nunca me passaria pela cabeça!

Começo a duvidar da minha banalidade.

Gostava

Sinto a falta de muita coisa e de muita gente. Não sei se estou a ficar saudosista ou apenas mais tonta do que é costume.

Gostava que a minha tia Maria ainda cá estivesse e me aquecesse o arroz doce em banho-maria, porque sabia que era assim que eu o preferia;

Gostava de poder juntar um monte de livros ou discos de vinil e dizer à minha mãe que tinha de sair para os devolver aos meus amigos lá do bairro;

Gostava de estar a brincar com todos os meus primos no quintal da minha avó, enquanto os meus pais, os meus tios e os meus avós conversavam, sentados à mesa;

Gostava de voltar a encostar-me à balaustrada da varanda da minha avó para ver os ranchos, no palco montado no largo onde ela morava;

Gostava de voltar a chorar agarrada à minha melhor amiga do 7.º ano de escolaridade, quando descobrimos que não tínhamos ficado na mesma turma;

Gostava de sentir o beijo daquele amigo nos meus cabelos;

Gostava de voltar a encarrapitar-me nos montes de pedra, debaixo da nogueira, para chegar às nozes verdes e comê-las de seguida;

Gostava de voltar àquela barbearia que vendia livros em segunda mão.

Gostava, sim.

Criatividade

Quando liguei o televisor, pareceu-me ouvir qualquer coisa como "alugar o Mourinho", "salvar a selecção", "o Real não está de acordo com o empréstimo"...

Será possível? Eu já apanhei a notícia a meio, mas percebi que a Federação Nacional de Futebol achou que o José Mourinho, qual D. Sebastião saído da panóplia dos seus sucessos, poderia, nuns dias, treinar a selecção, salvá-la do lamaçal em que está e, de varinha mágica na mão, fazer o milagre de apurar a equipa.

Pois...

Eu ando muito cansada.

Estou a imaginar toda esta história.

Tonterias

Quando acho que falhei, como mulher, como mãe, como filha, como profissional, em tudo, vá, obrigo-me a pensar nos que têm doenças terminais, nos que não têm família, nos que não têm casa, nos que têm realmente problemas graves. E apercebo-me da mesquinhez dos meus pensamentos. E concluo que estou realmente a ser parva. Sinto-me menos mal. Mas não me sinto bem.

Recomeço

Hoje, a minha escola parecia as repartições de finanças, quando só se entregava o IRS em formato de papel, no final do prazo. Foi um corre-corre de gente a apresentar-se, a querer conhecer os horários, a contar das férias, a lamentar mais um recomeço... Mas foi bom rever os velhos colegas, conhecer os novos e reparar no seu afã a copiar os compromissos das informações afixadas.

Nadas

Tenho andado a matutar nos problemas das relações humanas. Penso, penso e cada vez tenho menos certezas, mais angústias e nenhumas conclusões.

Nostalgia

Linda, linda a minha Comporta! Que saudades!!!

Na mesma

Depois de ter ultrapassado ontem mais um aniversário, cabe-me informar que está tudo na mesma.

O.K., O.K., ganhei uns presentinhos, mas estava a referir-me à vida, em geral...

Insólitos

Foi avistado um peixe-balão, de uma espécie ainda não identifcada, na praia da Comporta.

Hi, Hi, Hi

Daqui a nadinha vou outra vez espicaçar a minha cervical. Toma lá umas picadelas, malvada cervical estaferma e enferma!

Reclamações

De regresso à canseira da escola. E a minha cervical a reclamar... É selectiva, a bela da cervical, só gosta de sol, mar, praia, férias... Terá alguma coisa a ver comigo?

A praia do "Com licença!"

Enchi a barriga de Comporta. O mar esteve lacustre, a água límpida e com boa temperatura e agora também há - oh, perdição! - bolas de berlim no areal. Mas (e cada vez acredito mais nesta grande verdade), não há bela sem senão: gente, gente, gente! Sempre que olhava em volta, recordava aquela expressão do meu avô, quando lhe dizíamos que íamos para o Algarve: "Ah, vais para as praias do "Com licença!". A minha Comporta está nesta categoria. Sendo certo que podemos sempre caminhar um pouco mais e já não temos que levar com as "HC's" (Horríveis criancinhas), nem com os jeitosos que têm de informar o mundo das suas piadas e intenções ditas em voz de barítono, custa um pouco arrastar pela areia o chapéu-de-sol e o pneuzinho de cada um.

Houve até um dia que vimos chegar uma manada de jovens espanhóis, carregados de mobília, garrafas e algazarra, que acamparam à nossa beira e nos martirizaram horas! Verifique-se na foto junta.

Este querido mês de Agosto

Ah, férias! Não foram as maleitas da minha cervical (à semelhança do ano passado, curiosamente; acho que a minha coluna recusa viver o mês do meu aniversário. Hum...) e poderia planear muitos mais programas culturais e de lazer. Assim, limitar-me-ei a um périplo museológico amanhã e irei para o meu Alentejo na próxima semana. Fiz uma sessão de mesoterapia, que só surtirá efeito muito mais tarde, mas senti-me algo satisfeita quando aquelas dores eram picadas sistematicamente. Tungas! Toma lá um cocktail de fármacos e uma picadela, mazela maldita!

Citação

"Haverá algo mais verdadeiro do que ser pessoa entre a multidão?" - Fernando Pessoa

Esclarecimento

Ambas as filhas de férias... Hum! Então é por isso que não tive de planificar e executar o jantar e tenho a casa arrumada. Hum!

Quintal

Descobri mais uma funcionalidade do meu quintal: permite manter a corzinha trigueira que adquiri nas últimas férias, apanhando um solzinho saudável a partir das 5 da tarde! Fixe!

Não faz mal

Sendo certo que amanhã é segunda-feira e, consequentemente, dia de trabalho, não estou nada ralada.É que só me falta a próxima semana para entrar de férias outra vez. Yes!

Impressionante

Paraíso de cabras e cactos, Fuerteventura impressionou-me também pelas poucas plantas que possui. Nas dunas de Corralejo, local de uma beleza árida, inóspita e surpreendente, encontrei uma das poucas moitas de arbustos verdes e floridas. Como é que no meio do sal, areia quente e vento verdeja aquela espécie?

(E a sombra junto à planta mantém a areia muito fresquinha. Eu sei. Refresquei lá os pezinhos, depois de os escaldar na caminhada que fiz!)

Saudades

Agasta-me ter saudades de pessoas, objectos, locais e não as poder matar. Por exemplo, a praia onde passei férias!

Sofrimento

Depois de um retiro de uma semana, a levar com os ventos alísios, alemães gordos, vermelhos e bebedolas, estou fartinha de labutar, fazendo listas intermináveis de alunos e decidindo de forma utópica. Cansa!...

Planta?

Não fazia ideia que em Fuerteventura havia uma planta que dava rede galinheira!

Praias

O post anterior fez-me recordar as outras praias da minha infância. O tempo quente que se faz sentir também deve ter ajudado. Certo é que comecei frequentar a praia em bebé. Quando eu nasci (por volta de 1600), não havia muito o hábito de ir passar férias junto ao mar, mas eu, como faço anos em Agosto, comemorei o meu primeiro aniversário na Lagoa de Santo André. Ainda não acampava, mas os meus pais alugavam lá uma casa, até começarmos a fazer campismo, mesmo junto da lagoa. Nunca me lembro de não saber nadar - com um ano, enfiada numa bóia com um patinho, atravessava a lagoa, ao lado dos meus pais; adoro o mar e acho até que tenho umas membranas interdigitais, que as minhas filhas também herdaram.

Ainda na minha adolescência, também chegámos a acampar em São Torpes, muito antes de ter sido construída a central termo-eléctrica. Depois, mais tarde, tresmalhámos um ano ou 2 para a praia da Areia Branca, onde conheci um grupo de alemães, com quem ainda me dou e de quem sou amiga. Mas já amava de paixão a Comporta e as suas "derivadas" (Carvalhal, Pêgo).

E, agora, vou um bocadinho de férias. Não, não é para a Comporta...

Comporta

Dia perfeito, o de ontem (apesar do calor!): Comporta, de mar límpido, tranquilo e sereno; ao fim do dia, uma caracolada na minha terra, com o primo N.

Sou sempre muito feliz quando vou ou estou na Comporta. Fui lá muito feliz quando montava o atrelado dos meus pais por detrás do café do sr. Joaquim e passava 2 meses e meio junto ao mar. Só intervalávamos a permanência no areal, quando íamos comer, dormir ou aos bailaricos, nos barracões da Herdade. Também lá fui muito feliz quando, em vez de acamparmos na linha da praia, alugámos uma das casinhas de madeira do sr. Silva - em vez dos 2 meses e meio, ficámos apenas Julho e Agosto e isso causou-me algum transtorno. A praia era só para nós e para o pessoal de Alcácer e Grândola e essa tranquilidade só era perturbada ao fim-de-semana, com a chegada dos espanhóis, que vinham carregados de mesas, cadeiras, toldos, chapéus e gritaria.

Depois, o tempo foi passando, fui andando por outros litorais, mas a Comporta ficou para sempre a "minha praia". É lá que a sensação de plenitude que o mar proporciona, me preenche. Sempre que lá vou, continuo a caminhar à beira-mar (sempre na direcção de Tróia!) e a rolar nas ondas e a nadar ao longo da costa e mar adentro... É a minha praia (e das minhas filhas, a quem consegui transmitir o gosto, em igual proporção, por aquele lugar)!

Por isso, quando agora lá vou, ainda me sinto feliz (o mar é o mesmo, as dunas e o areal também), mas agasta-me tanto o facto da minha praia, agora estar in! Já não há lugar para o carro, o restaurante do sr. Joaquim foi substituído por dois cafés chiquíssimos, caríssimos e onde se ouvem os executivos a tratar as crianças suas filhas por você, enquanto dão ordens para o escritório pelo telefone e a rusticidade da minha Comporta foi trocada por cabanas de massagem e almofadas na praia! Agasta-me, pronto! Acho que havia de lá haver um cantinho (com estacionamento, claro), só para os frequentadores de há 30 anos. E este cantinho seria exclusivo e não teria nada do considerado turístico e "in". Parece-me bem.

Não

Hoje, não escrevo nada. Tenho estado muito ocupada a estar de férias.

Saudades

Qualquer pretexto serve para visitar a minha terra. O evento de ontem e as coisas que os meus pais tinham agendadas convenceram-me plenamente e lá fomos. Não, não percorri as ruas, as vielas ou a ponte pedonal, para me maravilhar, de novo e a cada passo. Não fui espreitar as obras, que o novo proprietário da casa da minha família já concluiu. Não matei as saudades todas no saborosíssimo prato de caracóis, que degustámos na Avenida e, assim, terei de voltar brevemente.

Pst!

Só para informar que sobreviver à semana a seguir à última semana de aulas também é difícil...

Outros finais

Foi uma semana de loucos! Sobreviver à última semana de aulas é um feito digno de uma epopeia. Uma epopeia pequenina, vá... Lá se realizaram os exames nacionais, ralhou-se com os catraios, que andavam doidos e com as "feromongas" desgovernadas e encerrou-se-se o último dia com a festa, "arraialesca" e sempre muito simpática.

Ontem, também se concluiu o 1.º ano, em que desempenho estas novas funções. Balanço? Muito gratificante! Houve algumas "agastações", mas o espírito de grupo e de entre-ajuda da equipa permite uma óptima disposição e dá-nos sempre vontade de continuar. Vamos ao próximo!

Pró-chantagem

Hoje, lá consegui que a filha mais nova limpasse e arrumasse os seus domínios convenientemente. Como, perguntam vocês, mães desesperadas e prontas para implementar a técnica. Com chantagem, minhas queridas, com chantagem... Ah, pois é! Informei a cria que, se não estivesse tudo num brinquinho na vistoria final, não haveria fim-de-semana com as amigas, na praia! Estava.

Intervalos

Com os pais a fazerem anos com 4 dias de intervalo e as filhas a comemorarem os aniversários com 5 dias de diferença, só me resta esperar que a próxima pessoa muito importante para mim também tenha nascido em Agosto, rente ao dia 23...

Pai

Ontem, foi a vez do meu papá fazer anos. Tendo nascido na véspera de Sto António, nunca percebi porque não se chamou como esse santo. Talvez porque se adivinhava a sua genica infindável, os meus avós deram-lhe outro nome. O meu pai completou 73 anos, mas tem a energia que sempre lhe conheci. E, como vai tendo saúde, lá anda ele a sariquitar todo o dia, respondendo sempre o mesmo quando lhe pergunto o que anda a fazer: "A bricolar!". Quem me dera ter a saúde e a garra dele com a sua idade! Dizem que sou parecida com ele. Vamos ver.

Mãe

A minha mamãe faz hoje anos. Nasceu em 1941 e já vai a estar entradota. O esqueleto também não ajuda muito e ela tem tido dias difíceis e dolorosos. Gostaria que ela tivesse a energia e o ânimo de antigamente, mas percebo que lhe é doloroso movimentar-se. Não interessa, com ou sem dores, com ou sem coragem, é a minha mãe e tenho de lhe dar um beijo enorme de parabéns, porque tenho o privilégio de a ter comigo!

Os Íntimos

Estou a gostar muito de ler Os Íntimos, de Inês Pedrosa. Aliás todos os seus livros são, na minha opinião, muito intensos.

Vou aqui partilhar um pouco do último: "As palavras são sempre pedras, pedaços de fronteiras. Servem para separar, para rasgar. Podem ser plagiadas, decalcadas como passaportes falsos. Nunca enganam por completo. Nunca revelam a verdade toda. Mudam com o sotaque, a voz, a ordem na frase, o esforço." Saliento que a personagem que define assim as palavras é masculina, muito cínica e céptica. Como tal, não poderia concordar em absoluto com todas estas enunciações. As palavras podem, efectivamente, ser tudo isto e a sua antítese: podem ser afagos, congregações; podem servir para unir, para aproximar e podem revelar a verdade toda.

Esta é uma obra que nos dá a visão masculina do mundo. Estou muito curiosa.

Citação

"A palavra pai é tão pequena
como a palavra mãe,
mas a palavra mãe é muito maior"
Vítor Encarnação

Nham, nham!

Ontem, tive mais uma vez o privilégio de poder assistir à prova final dos alunos de cozinha da Escola Profissional de Salvaterra de Magos. Foram fantásticas as iguarias por eles preparadas! Pena não ter conseguido provar de tudo, mas já fui muito alarve na quantidade de acepipes que degustei! É sempre encantador ver a apresentação que os alunos fazem da sua prova, vê-los hesitar e ultrapassar a custo os nervos de serem o centro das atenções. Foi um gosto (literal) lá ter estado novamente! Parabéns à fantástica equipa que prepara desta forma estes jovens para o mundo do trabalho, garantindo a todos eles emprego, concluída a sua escolaridade!

Feriado

Hum... Feriado! Dia de não fazer nada, de ronhar, de poder querer não fazer nada... Quem inventou os feriados? Devia ser homenageado com um dia feriado!

Já me ia esquecendo...

Hoje, faz anos o Z., uma das melhores pessoas que conheço. A sua boa disposição, a sua disponibilidade, as suas qualidades fazem do Z. um dos meus melhores amigos. Um grande, grande beijo de parabéns!

A Festa

Não defraudou as minhas expectativas a festarola de quarta-feira. Vieram mesmo alguns dos antigos colegas/amigos e, depois de um jantarinho de confraternização à pressa, lá fomos todos para a sala de espectáculos . Tivemos oportunidade de homenagear uma colega que se aposentou recentemente, assistimos às actuações de convidados, dos nossos alunos, de professores e de funcionários. O ambiente foi de harmonia, de alegria e de saudade pelos bons momentos. Para mim, já cá cantam 18 anos nesta escola e, apesar das coisas menos boas que também fazem parte, foram tempos bonitos e sadios. Venham mais!

Já 20 anos

Na próxima quarta-feira, vamos comemorar os 20 anos da minha escola com uma gala, que mais não é do que um pretexto para juntar professores e funcionários actuais com os que por lá passaram. Vai ser muito agradável reencontrar novos e velhos colegas, alguns já reformados, e matar saudades dos tempos em que tudo se fazia com muita vontade e empenho pela escola, pelos alunos, por nós próprios. É claro que agora também se trabalha com afinco, objectivando um processo educativo dos nossos alunos harmonioso e cativante. O que acontece é que competimos com muitas tecnologias novas e a grande falta de valores por parte das famílias não permite o reconhecimento do saber e da escola, desmotivando gradualmente muitos profissionais excelentes.

Maçã de Adão

O meu caríssimo amigo Vítor Encarnação publicou mais um livro. Chama-se Maçã de Adão e percorre a vida de um homem desde a infância até à velhice. É um livro intensíssimo, que devorei num ápice e do qual fica aqui um excerto - só para abrir o apetite.

"A poesia é gostar de ver o mar

porque só o mar todo

tem tanto sal

como as lágrimas

dos seres perdidos."

Depois, hei-de mostrar mais.

Fixe!

Estou a começar a "achar uma certa graça" (expressão utilizada pela filha mais velha) ao Facebook. Foi graças a essa rede social que retomei o contacto com colegas da Faculdade, de quem não sabia há muitos anos. Já "sou amiga" da A., do L., da A., da C., do S., da A. (há muitas colegas, cuja inicial é o "A"; devia ser moda na década de 60...) e é super-divertido ver os efeitos do tempo nas fotos deles e descobrir o que aconteceu nas suas vidas. Agora, é só não perder o contacto de novo.

Já tá!

Já estreei a minha t-shirt nova! E sem casaco, aqui, na minha "barraca", visto que até nem está muito frio...

Voilá!

Gosto tanto da última T-shirt que decorei! Pena estar um frio horrível que não me permite exibi-la em todo o seu esplendor...

Cegonhas

Por aqui, os postes de alta tensão têm mais do que uma serventia. Para além de segurarem os fios e de transportarem a electricidade, são verdadeiros "blocos de apartamentos" de cegonhas. Umas moram nos andares de cima e outras nos de baixo. É um enlevo vê-las a cuidar dos filhotes e a baterem os bicos ou a cuidarem da vida.

Faltam papoilas

Nasci no litoral alentejano e amo aqueles locais todos, que me apaziguam sempre que lá vou. No entanto, já vivo no Ribatejo há perto de 40 anos e sinto-me cá muito bem. Aprendi a admirar estas gentes aguerridas e estas planuras, salpicadas de gado e flores. E é nestes campos verdinhos, a perder de vista que me enlevo com os tufos de flores amarelas, ocres, lilás, brancas... Todavia, não vejo papoilas e a falta que elas fazem num campo! Uma papoila dá muita graça à Natureza!

Citação

"Se os homens são tão maus com a religião, como seriam sem ela?" - Benjamin Franklin

Até podia, mas não...

Eu até podia congratular-me pela vitória do Benfica no campeonato, mas como o Benfica não se anima com os meus sucessos e os seus jogadores e dirigentes é que ganham muito, rejubilo por: as minhas maravilhosas filhas; os meus pais estarem comigo e com a saúde possível; os meus familiares e amigos, que me dão tanto apoio; o meu trabalho, que me preenche e me dá tantas alegrias; e as saborosíssimas favas que comi ao almoço, confeccionadas pela mamãe, pois então.

Caracolagem - II

Mais notícias sobre a caracolagem: apesar de não me desagradar de todo a perspectiva de enriquecer com a comercialização da baba dos ditos (confesso que estava preocupada com a forma como as senhoras se manteriam quietinhas, enquanto o apressado bicho deslizava pelos seus corpos...), descobri à poucochinho qual é, afinal, o fado dos caracóis do meu quintal. Graças ao meu papá que é um excelente chef d' escargots, o destino destes seres é o TACHO! Tungas! Foram deliciosamente cozinhados à moda do Alentejo e apreciados com uma cervejinha fresquinha. Fui parcialmente vingada! Sim, que ainda há muitos, por aqui. Nos aguardem, malfadados predadores de vegetais.

Caracolagem

Apre! O raio dos caracóis comeram os girassóis que semeei, no jardim! Há-os às centenas, aqui pelo quintal! Já me lembrei se será uma invasão, não de extra-terrestres, mas desta espécie de lesmas de muito boa boca, que degustam desde os legumes às folhas das árvores. Também me ocorreu que poderia ser culpa da nuvem de cinzas do vulcão da Islândia. Vai-se a ver e é apenas um sinal dos fados para eu mudar de ramo e me dedicar à comercialização da milagrosa "Baba de caracol". Como desconheço a fórmula de preparação do fabuloso cosmético, era só alinhar as senhoras interessadas no relvado e despejar os bicharocos nos locais a alindar. Hum... Não sei, não sei...

Citação

"Os teus actos, e não os teus conhecimentos, é que determinam o teu valor." - Fichte

Joana Vasconcelos

Um cheirinho da exposição de Joana Vasconcelos, da qual falei no outro dia.

Dia da Mãe

Dia de dar mimos e beijinhos às mães, que hoje é a data assinalada para o efeito. Eu já dei e já ganhei.

Mas também os dou e também os ganho nos outros dias.

Uma espécie de Romeu e Julieta

Ainda em relação à peça que vimos na sexta, quando Adela se suicidou, depois de saber que a mãe tinha dado um tiro no seu amado (que, por sinal, era o noivo da sua irmã Angústias), murmura a F., emocionada:

- Ah, tem o seu quê de Julieu e Rometa!

A Casa de Bernarda Alba

Muito, muito boa a encenação de João Rosa de A Casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca, que foi levada à cena no Palácio da Independência, em Lisboa.

Como tinha a participação especial do Coro Audite Nova Lisboa, em que cantam os nossos colegas e amigos Z. e R., lá fomos, a F., o Z. C. e eu, assistir à última representação, ontem. Uma peça intensíssima, com extraordinárias interpretações de Ângela Pinto, Catarina Gonçalves, Paula Guedes e outras grandes actrizes.

Livros gelados

- Sabias que um dos livros para a final do Concurso Nacional de Leitura é o Mc Flurry, do Mark Twain?- perguntou-me a F., numa das nossas muitas conversas sobre escola.

- "Mc Flurry"?! Do Mark Twain?! Não será o Huckleberry Finn? É que o "Mc Flurry" não é do Mark Twain, é do Mc Donald's...

As trocas da F. são diárias e bastante frequentes.

Uf! - de novo

Bem, estou exaurida, ainda não tenho tempo, mas tenho vontade de contar as coisas boas e más, que têm acontecido ao longo desta longa semana, que ainda não terminou.

Muito agradável foi o sábado, com o dia pleno de música e exposições no CCB. Lambuzei-me com a "Sinfonia Fantástica" e a mestria de Filipe Pinto Ribeiro. Degustei as soberbas exposições de Joana Vasconcelos e de Robert Longo. Estive com o mulherio conhecido, desconhecido e amigo. E, por último, comi um Magnum Gold, como se não houvesse amanhã. Foi ou não foi um maravilhoso sábado?

Ora, já no decorrer dos dias da semana em curso, tenho-me vindo a sentir como aqueles maratonistas que se atiram para o chão, no final da corrida, mas que já demonstram, nos passos derradeiros, os movimentos desconexos e abobalhados. Desde segunda-feira que temos tido uma inspecção pedagógica na minha escola (já tivemos de preparar os trafegos todos, previamente) e temos andado numa fona com o trivial e as visitantes que, felizmente, são uma simpatia.

Ontem, foi o julgamento do processo que tive de interpor ao pai das crias, devido a umas "coisinhas". Espero que seja o fim de todo este processo doloroso e que seria escusado se tivesse havido sensatez por parte dele.

Hoje, descobri que, depois de uma manhã de reunião em Santarém e de uma tarde de reunião de Assembleia Municipal, não tenho coluna vertebral e sim uma dor contínua que me segura o resto do esqueleto.

Sim, sim, amanhã é sexta e vou ao teatro e tudo e tudo! Gott sei Dank!

Tempo

Preciso de tempo para contar tudo. Mas não tenho...

Intervalos

Consegui plantar as roseiras e os arbustos que comprei, num intervalo da chuva, mas ainda apanhei uma molha. Vivemos em Portugal, certo? Portugal, aquele país soalheiro, sequinho e de altas temperaturas, que fazia as delícias dos "camones"...

Tranquilidade

Desde o serão de ontem que não me preocupo com comida, nem mando ninguém arrumar nada. As filhas não estão cá...

Viver no Campo

Fui à amoreira apanhar amoras e fiz uma deliciosa compota. Aproveitei para capturar os caracóis que mordiscavam os malmequeres e coloquei-os no viveiro, que já vai a estar muito compostinho. No pombal do meu pai, os pombos arrulhavam, enquanto se perseguiam uns aos outros. São as delícias de viver no campo.

Batalha

A maravilhosa arquitectura do Mosteiro da Batalha.

Chapitô

Muita chuva, muita chuva, mas não impediu o Chapitô de de pôr a minha escola ao rubro! Era ver o pessoal a vibrar com as acrobacias, os malabarismos, a caracterização, os jogos, as pinturas... Foi fantástico!

Campaínha selectiva

A semana passada, a minha filha mais velha recebeu uma encomenda de um amigo. Mas tivemos que a ir levantar aos correios porque o carteiro deixou o aviso a referir "não atendeu". Surgiram muitas dúvidas de que ninguém tivesse atendido, até porque a minha mãe o viu da janela, junto à caixa do correio e a campaínha funciona na perfeição. Ora, hoje, surpreendentemente, voltou a estar um aviso para ir levantar ao posto dos correios uma carta registada para mim. O motivo de não ter recebido a carta na minha morada voltava a ser o irritante "não atendeu". Como a minha mãe vive no mesmo sítio que eu e quase nunca sai, devido a ter mobilidade reduzida, duvidámos mais uma vez da veracidade do motivo pelo qual eu não recebi a minha correspondência. Fui ao posto dos correios para fazer a respectiva reclamação e o funcionário do balcão chamou o responsável pelos carteiros, que falou comigo, lamentou muito e se retirou. Deve ter ido chamar o tal carteiro e veio com ele junto de mim. Pois bem, o senhor carteiro, algo agastado, jura que tocou à campaínha, nas duas ocasiões e que não tem culpa nenhuma de ninguém ter atendido. Conclusão: tenho uma campaínha selectiva que não obedece aos carteiros!

Citação

"Entendimento é quando um velhinho caminha devagar à nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama" - Luiz Gonzaga Pinheiro

Hoje a C. faz anos!

Conheci a C. logo que ela foi trabalhar para a minha escola. Simpatizámos uma com outra, mas, nos dois últimos anos, temos trabalhado mais de perto (quer dizer, não tão perto assim - ela está lá na "barraca" dela e eu na minha) e confirmei as suas qualidades, que são muitas e não vou estar aqui a enumerá-las (até porque ela ficaria vaidozona!).

Assim, e porque ela hoje faz anos, quero dar-lhe um grande beijo de parabéns e agradecer-lhe pela sua amizade e disponibilidade constantes. Um dia feliz (F.) C.!

Esta coisa do Facebook é fixe porque nos recorda os aniversários das pessoas...

Facebook

Hoje, "facebookei-me"! Ah, e também "estive de serviço" lá na escola todo o dia. Pois...

Linda aldeia alentejana

Não é linda a aldeia do meu tio V.? Claro que é! É no meu Alentejo!

"Culturosas"

Hoje, Museu Nacional do Azulejo com F., Caganita e tia G. Gostámos muito, divertimo-nos muito e ainda demos uma saltada à Sé Catedral, que não conhecíamos. Lá voltámos nós a ser muito "culturosas", como nos apelida a minha mãe, sempre que fazemos estas excursões.

Ups!

Também passei a última sexta-feira de forma muito agradável, confraternizando e passeando com a cria mais nova, a tia G. e o primo F. Terminámos a jornada a empanturrarmo-nos de pastéis de Belém, depois de uma longa espera na fila. Fiquei confusa: ainda não descobri se o bem que soube compensou a seca monumental, de pé, à espera de mesa, no meio de "espanhueles" e famílias recheadas de "HC's" ("Horríveis Criancinhas")... Agora que verbalizei, já descobri!

Mais umas coisitas...

O pessoal amigo acha que eu tenho algum jeito e pede com frequência que mostre mais alguns dos meus trabalhecos. Este foi feito tendo por base as cartas que as minhas amigas me mandaram na adolescência, o que o torna especial para mim.

Prazeres

Foi muito agradável o passado domingo. Primeiro, não choveu, muito pelo contrário, esteve um calorzinho simpático e que forneceu alguma vitamina D aos meus ossos. Depois, fomos para a aldeia do meu tio e reuniram-se alguns membros da família, como era hábito quando os meus avós eram vivos. Eu e os meus primos recordámos a nossa infância e os nossos filhos espantaram-se com as nossas tropelias e brincadeiras, que eram saudáveis e muito estimulantes. Fomos, ainda, à Barragem do Pego do Altar, local que me traz óptimas recordações antigas e recentes, calcorrear os caminhos repletos de verdura, de memórias, de alegrias.

Sendo certo que alguns dos familiares que dantes nos acompanhavam já não estão entre nós - o que nos enche de saudades, também é verdade que a nova geração nos acompanha e também aprecia aquele ambiente familiar e de confraternização, que foi fantástico.

Também o primo N. nos visitou, já era noite cerrada (que ele é alentejano e atrasou-se um bocadinho ao almoço...), trazendo consigo o seu filhote, que eu já não via há imenso tempo.

Gostei, gostei bastante deste domingo.

Não tirei fotografias, mas o meu primo Z. tirou algumas e mostrá-las-ei a breve trecho, fica prometido.

E a filha mais velha também faz agora anos...

Há precisamente 21 anos estava eu muito aflita, já com imensas contracções porque a minha filha mais velha estava prestes a nascer. Como foi a primeira vez que fui mãe, não achei muita piada quando ma colocaram em cima da minha barriga, logo após o parto, uma vez que ela estava ainda suja daqueles fluídos da placenta e com um tom de pele muito escuro, devido ao esforço para vir ao mundo. Mas, depois, à medida que o tempo foi passando e ela resplandeceu num bebé delicioso primeiro, se foi tornando numa menina linda e se transformou numa soberba mulher, o meu amor por si cresceu, e cresceu e cresceu, ao ponto de não poder viver sem ela. Um beijo imenso para a minha querida filha mais velha, que é um outro motivo da minha felicidade e de quem tenho muito orgulho.

Mais um...

Só para dar um ósculo ao primo N., que hoje completa mais um ano de vida. Ele reclama que está velho, mas teima sempre em fazer anos! Eu decidi que, agora, já não faço, pronto!

Café-concerto

Já aqui tinha referido o quão dinâmicos estão os professores da minha escola. Mais uma prova dessa vontade de intervir foi o café-concerto que tivemos na passada quarta-feira. Sendo certo que não é a primeira vez que acontece, esta sessão foi particularmente concorrida e animada. Disseram-se poemas, pintou-se uma tela (os dotados, claro; eu deixei por lá um barquinho infantilóide, de velas transparentes...) e cantaram-se cantigas, pimbas e das outras, animadas por coreografias espalhafatosas, sempre que possível.

Foi muito divertido e deu para descontraír e conviver entre colegas e amigos.

Parabéns, caganita!

Ontem, a minha caganita fez 16 anos! Andei numa fona e não tive tempo de a parabenizar aqui. De manhã, trabalhar; almoço com a M. e o C.; debate radiofónico patrocinado pela equipa de educação sexual da minha escola; preparar o jantar para a aniversariante, familiares e amigos... Uf! Não sobrou tempo nenhum para aqui referir que a minha filha mais nova é um dos motivos da minha felicidade e que tenho muito orgulho nela, que é uma menina linda e cheia de qualidades. Bom, também é verdade que tenho feito um bom trabalho na sua criação, mas as virtudes estão lá e ela tem-las deixado brotar. Beijo, pistachinha!

A propósito do Dia Mundial da Poesia

Hoje, Dia Mundial da Poesia, andei a procurar numas velhas cassetes a gravação feita pela Maria Bethânia do "Cântico Negro", do José Régio, para que a minha filha mais nova o pudesse degustar como eu fiz, naquela velha gravação, já com quase 30 anos. Não a encontrei e foi pena, pois considero a versão deste poema feita pela Maria Bethânia a melhor que já ouvi.

Curioso foi que, na quarta-feira, alguém que admiro partilhou desta opinião no recital de poesia que foi dinamizado por um grupo de professores da minha escola. É verdade, neste evento fantástico, contámos com a presença de dois poetas da terra, Piedade Salvador e Domingos Lobo - que abrilhantaram a sessão com os seus poemas - e com Vítor de Sousa, que, para além da sua simpatia e talento, referiu também considerar fantástica a forma como aquela cantora baiana diz o "Cântico Negro". Se puderem, ouçam e digam de vossa justiça. (E encontrei gravações inesperadas, como a dos meus primos R. e F. em crianças a contar uma história; as minhas filhas a conversarem imenso; e um amigo alemão que me enviou uma cassete a conversar comigo, como se junto de mim estivesse!)

Só mais um apontamento para referir o meu orgulho pelos professores do meu Agrupamento de Escolas que se têm empenhado em actividades espectaculares, com uma dinâmica que me deixa muito contente. A todos o meu agradecimento sentido.

Obrigada

A minha querida tia G., que anda a dedicar-se às artes, ofertou-me este exemplo dos seus dotes para a pintura, que eu faço questão de partilhar aqui.

Obrigada, querida!

Foi muito agradável

Este fim-de-semana, a minha L. visitou-nos, finalmente, e ontem fomos com a F. alapardar-nos com umas belas de umas enguias fritas com arroz de feijoca, em Salvaterra, uma vez que está a decorrer o "Mês da Enguia", no concelho. Depois, visitámos a mostra de artesanato e a exposição de arte sacra e foi muito agradável.

Não foi muito simpática a sensação de enfartamento que me acompanhou o dia inteiro, mas, também, quem me manda ser lambona e comer tanto?!

Jantaronga

Hoje, vamos fazer a jantaronga comemorativa do aniversário da minha S. fofinha, que fez anos no passado dia 2. Vamos comer que nem uns alarves, dando uns mimitos à S., que fica toda derretida. Parabéns, miúda!

Citação

"Carinho é quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo." - Luiz Gonzaga Pinheiro

Necessidade

Detesto pessoas dissimuladas, carreiristas e que adoram ouvir-se. Precisava de dizer isto.

Invenções

Então foi assim: há já algum tempo, comprei um sofá novo (muito confortável e que até dá para pôr as pernicas para cima, prevenindo as varizes), mas como sou mãe solteira e não tinha dinheiro para reformular o resto da sala, retirei "um pedaço" ao móvel de sempre, para lá colocar a televisão e ficar refastelada à sua frente, no sofá novo. No entanto, não gostava nada de ver aquela tábua nua, por cima da TV. Inventei, então, o que se vê.

Antítese

Soube agora mesmo que a Direcção Geral dos Serviços Prisionais se situa na Avenida da Liberdade!

A estouvaca

A estouvaca

deitada atravessada
na estrada
a malhada
vai ser atropelada
foi

Alexandre O'Neill

Verdades

"O casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está sempre certa e a outra é o marido."- Anónimo (inteligente)

Permanência

Estava tudo como sempre foi e isso deixou-me na mesma.

Pessoa

"Aqui neste profundo apartamento
Em que, não por lugar, mas mente estou,
No claustro de ser eu, neste momento
Em que me encontro e sinto-me o que vou,

Aqui, agora, rememoro
Quanto de mim deixei de ser
E inutilmente, (...) choro
O que sou e não pude ter."

Fernando Pessoa, 1924

Vínculo

Sempre que se deparava com algo muito belo, acontecia. Quando observava as chamas a lamberem os toros na lareira, por exemplo. Ou então quando se sentiu feliz por poder admirar as cores do céu, naquele dia. Logo que algum dos seus sentidos se conectava com a beleza, recordava-a imediatamente. Sem o saber, ela ponteava a sua vida de formosura e perfeição.

Incongruências

Continuo sem entender porque é que a filha mais nova teima em comer sopa de espinafres, rapando o prato e recusa comer os bifes de perú recheados com farinheira e com espinafres, dos mesmos que utilizei para confecionar a sopa, fazendo questão de salientar que não gosta por causa dos espinafres!

(profundo suspiro)

Que hei-de eu fazer, meus deuses?

Muito fã

Sim, gosto imenso de Camões e não acho nada exagerado ter pintado um móvel com os meus versos favoritos de Os Lusíadas!

Citação

"Lágrima é quando o coração pede aos olhos que falem por ele." - Luiz Gonzaga Pinheiro

Dúvida

O meu amigo Vítor pediu-me que lhe enviasse alguns dos seus poemas originais, que só eu possuo. Hum... A quem é que eu hei-de perguntar se os originais valem o mesmo, depois do autor voltar a tê-los?

Desaniversário

Não, não tenho nenhum amigo nem familiar próximo que faça anos hoje. Pelo sim, pelo não, vou confirmar.

Parabéns a dobrar

Hoje é o dia do aniversário de 2 dos meus melhores amigos, o G. e a F.

Parabéns meninos! Continuem o árduo trabalho de me aturar, por favor!

Beijo grande.

Problemas de audição?

Filha mais velha: "O quê? Não te estou a ouvir, estava a esfregar os olhos..."

Criação

"Gostaria de escrever algo
sem que para isso fosse necessário
arranjar um tema.
Pois isto de andar à procura das sensações
que gostaríamos de ter no momento,
é como andar
à procura dos olhos certos
para a cor que eu mais gosto.
Mas o problema de tudo isto
é que as cores
são conforme determinadas sensações
e sem sensações não há tema,
sem tema não consigo escrever nada.
Foi o que aconteceu agora."
Vítor Encarnação - Outubro de 1983

Este é um dos vários poemas originais que possuo do meu caro amigo Vítor, que faz anos hoje e à pala dos quais eu ainda vou ganhar uma pipa de massa, quando ele for muito, muito famoso.
Parabéns, caríssimo!

Citação

"Preguiça é quando entra vírus na coragem e ela adoece." - Luiz Gonzaga Pinheiro

Cacos II

A minha filha mais nova tem realmente tendências "pro caco"! Não fora a sua meiguice e boa disposição, entre outras qualidades e já lhe tinha mandado fazer uma lobotomia. Então, ontem, às 7 da madrugada, não deixa cair uma tigela de cereais à saída do micro-ondas? E lá tive eu de andar a limpar leite, pirâmides de cereais de chocolate e cacos das paredes, dos armários e do chão, sem saber muito bem como havia de chegar ao âmago da coisa, tal era o desparrame de trafegos para assear!

Mãe sofre, logo pela manhã...

Verão

E o que eu gosto desta T-shirt que eu "pintei"! Nunca mais é Verão para voltar a vesti-la...

Sossego

Uma filha a namorar; outra a visitar o estremado progenitor. Que hei-de eu fazer com este sossego?

Em cacos

Estava eu, anteontem, a degustar a minha caminha, fingindo que estava a ver televisão, pelo que me via obrigada a abrir, alternadamente, os olhos, quando não morri de um ataque cardíaco porque não sou uma senhora tão antiga assim!

A caganita (a minha filha mais nova, que odeia que lhe chame este epíteto tão fofinho) tinha descido e estava na cozinha. Como é uma destruidora de objectos compulsiva, dei um salto e gritei assustada por ela, quando ouvi o estrondo de algo a cair e vidros que se partiam. A pobre nem estava no lugar do incidente: tinha sido um quadro da casa de banho que tinha caído e se estilhaçou. Mas fez um estrondo tão grande na minha madorna que nem consegui limpar os cacos, de assustada que fiquei! Pedi à caganita. Afinal, já limpei miríades de cacos, consequência dos estragos dela!

Citação

"Adeus é quando o coração que parte deixa a metade com quem fica."- Luiz Gonzaga Pinheiro

Insólitos

Esta manhã, fui à janela da cozinha e vi 2 gaivotas a comer na gamela das galinhas!
Depois disto, decidi retomar as minhas caminhadas.

Feições

Conversa com a minha filha mais velha sobre uma senhora nossa conhecida, mas que ela não estava a ver bem quem era:

- Ah, sim, parece que já sei. É uma loira, com as feições assim um bocado rijas.

- Rijas?! Pois... Não sei. Nunca lhe apalpei as feições! - respondi eu, a pensar muito, mas desconhecendo como seriam as tais feições...

(Novas) Comissões

Já retomámos os trabalhos nas comissões da Assembleia Municipal da minha autarquia. Este mandato, como já somos mais elementos do partido pelo qual concorri, só integro duas delas. Espero que corra tão bem como no mandato anterior, mas tenho saudades de alguns elementos, do seu empenho e da sua boa disposição, embora ainda permaneçam alguns dos antigos autarcas. Confio que vamos todos dar o nosso melhor para desenvolver as tarefas o melhor possível.

Citação

"Mágoa é um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar." - Luiz Gonzaga Pinheiro

Vazio

Há dias, fui com as miúdas à cidade onde eu morei antes desta. As localidades onde eu habito ou habitei começam sempre por ser vilas, mas, depois, com a minha presença, o desenvolvimento é tal que, qual passe de mágica, passam a cidades. Bom, estava eu a contar que fui à tal cidade e, quando me aproximei da casa onde a minha avó morou, tive um choque monumental. Ora eu, senhora já com uma certa antiguidade, não posso ter destas emoções. É verdade que o meu primo R. já me tinha enviado imagens, todavia, quando me deparei com o vazio no local onde dantes tinha sido a casa da minha avó, fiquei muito triste: tanto a casa que foi dela como o edifício contíguo foram totalmente demolidos!

Foi indescritível o que senti, amálgama de emoções que passaram pela perda, tristeza, revolta...

Apre! Esta vida até me manda a baixo as casas onde fui feliz!

Tenho de parabenizar o P.

O meu querido P. (o tal do bode) completou hoje 35 anos! O que se passa comigo? Já ninguém tem amigos com esta idade...

Parabéns, miúdo! E vê lá se ficas muito mais velho, que a tua idade é uma vergonha!

Lola

Nascida a 14 de Outubro

Frio em excesso

Acabei de descobrir que o frio em excesso é prejudicial ao meu cérebro. Agora, a dúvida é: onde terei o cérebro? Toda eu estou gelada...

Citação

E se pensássemos nisto?

"Os seres humanos são profundamente artificiais. Esforçamo-nos sempre por melhorarmos a nossa natureza e aproximarmo-nos de um ideal. Mesmo nos tempos actuais em que a filosofia perene já foi abandonada, as pessoas seguem servilmente os ditames da moda e, inclusive, exercem violência sobre os próprios rostos e corpos a fim de reproduzirem a norma de beleza do momento. O culto da celebridade demonstra que continuam a venerar os modelos que lhes servem de epítome de «super-humanidade». Dão-se por vezes a enormes trabalhos para verem os seus ídolos e sentem na sua presença um extasiado engrandecimento de ser. Imitam as suas roupas e comportamentos. Parece que os seres humanos tendem naturalmente para o arquétipo e o paradigmático" - Karen Armstrong

Tretas

De todos os desejos "passais" (de passas, evidentemente) da passagem do ano passado, apenas um não se concretizou. Conclusão: os desejos que se têm quando estamos a comer as passas, muito contrariados, depois da meia-noite de um novo ano, são treta!

SÍntese da Felicidade

A minha querida D. enviou-me um e-mail com um poema que já conhecia, do qual gosto bastante e quero partilhar aqui:

“Síntese da Felicidade”

Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade